Daily Archives: 17 de Janeiro de 2018
Opinião – Os Três de Sarah Lotz – Saida de Emergência
Sinopse:
O dia que nunca será esquecido.
O dia em que há quatro acidentes de avião, em simultâneo, em diferentes pontos do globo.
E três crianças sobreviveram.
O mundo vive atordoado com a trágica coincidência. À beira do pânico global, as autoridades são pressionadas a encontrar as causas que motivaram os acidentes. Com terrorismo e desastres ambientais fora da equação, não parece haver uma correlação lógica, tirando o facto de ter havido uma criança sobrevivente em três dos quatro acidentes.
Intituladas Os Três pela imprensa internacional, as crianças exibem distúrbios de comportamento, presumivelmente causados pelo horror que viveram e pela pressão da comunicação social. Esta pressão torna-se ainda mais intrusiva quando um culto religioso liderado por um ministro fanático insiste que as crianças são três dos quatro profetas do Apocalipse. E se, para mal de toda a Humanidade, ele tiver razão?
Opinião:
Já andava há tanto tempo para ler este livro que quando peguei nele suspirei e disse para mim mesma “É Hoje!”. E não me arrependi. Após muito tempo sem me agarrar a livro algum (Excepto os volumes do “Warcraft Chronicles” que já li duas vezes cada), senti que regressei em grande.
Confesso que logo ao iniciar a leitura senti que ia estar perante uma narrativa cheia de surpresas e nível de interesse em escala, mas nada me preparou para aquilo que realmente li.
Com uma forte componente “sobrenatural” aliada a assuntos muito reais como a influência em massa associada a motivos religiosos e políticos, somos arrastados para uma narrativa diferente em forma de pequenas entrevistas aos intervenientes directos e indirectos do tema principal, a sobrevivência de 3 crianças (apenas essas 3 crianças) em 4 acidentes de avião simultâneos em 4 pontos do Globo sem razão aparente. Tudo gira em torno dessas crianças e do testemunho antes de falecer de uma passageira de um desses aviões… ou assim pensávamos.
Num instante somos empurrados para uma espiral de decadência humana, social, politica e religiosa e para o verdadeiro flagelo que é o mediatismo exagerado, a busca pela verdade que não quer ser descoberta e aquela pitada de sobrenatural que nos deixa presos até ao fim… mas será que obtemos resposta às nossas perguntas? Depende da interpretação. Depende da forma como abraçamos a leitura do livro. Eu tive respostas, mas fiquei com o sentimento que faltou algo, que existe ali um lapso de informação que seria necessário para ficarmos com o sentimento que aquilo que “sentimos” corresponde ao que a autora teve em mente.
Não posso deixar de recomendar a leitura, é viciante do inicio ao fim, mas sinto que faltou algo…a minha veia de ligação com o sobrenatural espera sempre mais 😉
Mónica Mil-Homens