Monthly Archives: Março 2023
Opinião – Presa em Casa – Charlie Gallagher – Alma dos Livros
Sinopse:
O tempo de Grace está a esgotar-se. Estendida no chão da casa de banho, luta por recuperar o fôlego depois de ser pontapeada pelo companheiro. Encolhe-se, com dores nas costas e no tronco, nas zonas onde ele lhe atirou com a porta. Não pode ignorar mais os sinais: se não conseguir escapar dali vai acabar por morrer.
Entretanto, Maddie Ives, detetive numa equipa especializada em proteger mulheres vítimas de maus-tratos, visita Grace depois de uma denúncia anónima. Quando a conhece, recomenda-lhe que mantenha um diário e detalhe tudo o que possa servir como prova em caso de agressão.
Grace procura dizer-lhe o que está a acontecer para que Maddie a ajude. No entanto, não consegue ser totalmente honesta. O companheiro vigia-a constantemente e obriga-a a fingir estar bem quando alguém os visita. Por isso, ninguém entende realmente o seu drama, o terror da situação. Enquanto mantém as aparências, a sua vida está em contagem decrescente.
Ao mesmo tempo, Maddie Ives tem outros assuntos urgentes para resolver: um rapaz morto numa casa de banho, um bombista dentro de um carro à procura de justiça e até o regresso de um antigo colega com cicatrizes profundas do passado. Será ela capaz de lidar com tudo e ainda ajudar Grace a salvar-se?
Opinião: “Presa em Casa” foi a novidade literária traduzida escolhida para ser comprada este mês de Março. Com bastante expetativa tendo em conta o livro anterior, “A Rapariga no Abismo”, demorei mais a ler do que originalmente havia planeado. Mas existe uma razão de ser nessa “demora” maior, tendo em conta que é um Thriller efetivamente bom, é uma continuação nas vidas da inspetora Maddie Ives e respetiva equipa e do recém regressado Harry Blaker, no entanto não é um livro que se leia de ânimo leve tendo em contas as cenas bastante gráficas,cruéis e que causam impacto e choque de violência doméstica. Tive que parar várias vezes a leitura, respirar fundo e só voltar no dia seguinte. Cada pessoa lida de maneira diferente a este tipo de narrativa tão explicita, e quando já se passou por algo similar na vida, ainda custa mais. Com isto quero dizer que efetivamente é um livro que apela às sensações e sentidos, que aborda várias histórias de personagens que de uma forma ou outra se interligam e que são determinantes para termos sem dúvida um livro com qualidade, com continuação assegurada (existindo já 8 livros publicados da série Maddie Ives) e que não cansa. As histórias individuais das personagens principais também foi mais aprofundada e deixa no ar questões relevantes para as continuações já publicadas. Tem um final que nos deixa mais tranquilos e ao mesmo tempo surpreendidos pela forma como foi conduzido e não me desiludiu. Dei 4 estrelinhas, porque gostei, como gostei do primeiro desta série e é um autor que vou continuar a ler sem dúvida. Só não são as cinco estrelinhas devido à extrema violência narrada, que a mim me impediu de ler sem reservas.
O autor Charlie Gallagher, Charlie Gallagher vive com a família na costa sul de Kent, Inglaterra. Durante treze anos integrou as forças de polícia do Reino Unido. Nesse período desempenhou diversas funções, começando como oficial de resposta na linha de frente, depois como membro de uma equipa tática especializada e, mais tarde, como detetive, investigando crimes graves. Decidiu abandonar o emprego para se dedicar por inteiro à escrita. Os seus thrillers são extremamente bem-sucedidos e é um dos escritores em ascensão no Reino Unido. Os seus livros são realistas, com personagens e enredos verosímeis, cheios de mistério e de ação. É por isso, sem surpresa, que está a conquistar a cada dia mais leitores um pouco por todo o mundo.
Podem adquirir o livro nos locais habituais, incluindo a editora Alma dos Livros.
Opinião – Gild – Série A prisioneira Dourada #1 – Raven Kennedy – Grupo Saída de Emergência

Sinopse:
É característico dos homens desvalorizarem as mulheres. Será igualmente a sua ruína.
Sempre nos disseram que esta é a história do rei Midas. Ele é o rei dourado e eu sou a sua favorita – a mulher que, com apenas um toque, ele transformou em ouro. Para mostrar que lhe pertenço. Para mostrar a todos o seu imenso poder. Ele prometeu proteger-me e, em troca, eu prometi-lhe o meu coração.
Mas quando a guerra chega ao reino, é necessário um acordo – e eu estou no centro dessa negociação. Subitamente, a minha confiança é quebrada e o meu amor é desafiado. Percebo finalmente que tudo o que sabia sobre Midas pode estar errado.
Sempre disseram que esta é a história dele. Mas talvez estejam errados… talvez seja a minha história!
Opinião:
O Fenómeno de Gild é sem dúvida um facto adquirido. Agradeço desde já à Editora Saída de Emergência por me ter cedido o exemplar para leitura e por ter tido a coragem de ter apostado nesta série. Mas, confesso que já escrevi e apaguei a minha opinião uma bela quantidade de vezes, porque escrever sobre este livro requer tato, subtileza, inteligência, experiência em review literária e cabeça. Tenho isso tudo e muito mais mas é a primeira vez que me lembro desde 2014 que precisei de ir escrevendo anotações enquanto lia para poder abordar as várias temáticas existentes de forma consciente. Fiquei nervosa com o que podia ou não escrever porque este não é um livro padrão (logo temos alguma responsabilidade como influencers, bloggers etc) e não é definitivamente para toda a gente, e o que eu interpretei com 38 anos e 30 a ler mais a sério todo o tipo de livros (incluindo o meu primeiro erótico às escondidas com 8 anos, onde o vernáculo mais ordinário já constava) não seria com certeza o que interpretaria há 10 anos atrás. Isto porque as experiências de vida também contam e muito para a nossa perceção e interpretação literária e a forma como sentimos a experiência das obras que lemos.
Não vos vou maçar com o que já sabemos da Sinopse, mas vou enumerar então os vários pontos que considerei necessário referenciar.
A Protagonista feminina, Auren, é uma mulher especial (muito especial) aprisionada numa gaiola gigante feita de ouro há 10 anos, que tem no seu corpo embutidas fitas de seda que pendem das suas costas e respondem a si, que a protegem e lhe dão força. Assim que li esta descrição a primeira coisa imediata que me veio à cabeça foi Elfen Lied, uma série de animação Japonesa extremamente violenta com umas criaturas femininas com braços invisíveis que assassinam tudo o que mexe. É um dos meus Animes favoritos e a banda sonora incrível e existem muitas similaridades a vários níveis. Auren é uma das muitas “Selas” vulgo concubinas do rei Midas (sim o Rei que em tudo o que toca transforma em ouro) mas especial, preferida pelo mesmo e com toda uma história passada bastante longa entre os dois. Midas tocou-a e o corpo todo dela (todo mesmo incluindo cabelo, olhos) é dourado e diferente das restantes mulheres presentes naquele bordel monárquico. Por isso mesmo, sofre dum claro Síndrome de Estocolmo, que ela considera amor, e que determina todas as ações dela. É um relacionamento extremamente abusivo e ao longo da narrativa existem cenas de violação, abuso incrível de mulheres e todo o Rei tem uma Rainha certo? Aqui também existe a Rainha, a verdadeira “dona” do Reino de Sino Alto mas que sem poderes mágicos, Midas trazendo prosperidade ao Reino (será?) controla tudo e todos. Existe uma brutal desvalorização da Rainha Malina e da sua importância. Midas é sem dúvida uma personagem que se odeia ou se ama. Ou não se sente nada a não ser indiferença. Eu fiquei-me pela indiferença, tendo em conta todo o desenvolvimento posterior da narrativa e atitudes demonstradas. Existe efetivamente um final surpreende deste primeiro livro (a série conta com cinco) que não dando spoiler mas abrindo um pouco o “jogo” é um evento que muda tudo, um evento que parece tirado do anime Dragon Ball Z e como descobrimos a forma como os Saiyan ganham a motivação para se transformarem em Super Saiyan (neste caso o muito conhecido Son Goku/Kakarot aquando a morte do Kuririn). Auren é a Super Saiyan desta história. Queria escrever mais, mas não quero de forma alguma retirar a experiência de conhecerem as personagens e julgarem por vocês mesmos. Vão surpreender-se.
Pontos MUITO IMPORTANTES a reter:
1 – Extrema violência (física, sexual, psicológica) recorrente contra mulheres.
2 – Vernáculo obsceno que pode ser considerado um turn off para muitos leitores.
3 – Narrativa extremamente bem escrita mas pode causar especial impacto em mulheres vitimas de violência.
4 – Cativante e viciante, começa-se a ler e não se consegue parar, por isso é uma excelente aposta.
Apesar de ter adorado este primeiro livro desta Saga, vou dar apenas três estrelas na classificação porque espero que os próximos sejam mais focados na parte Fantástica e não na parte Sexual e abusiva/violenta contra algumas das personagens (não os li em inglês, portanto estou à escuras para não perder a experiência de leitura). Tem tudo para melhorar nos próximos livros, novamente é uma excelente aposta da Editora Saída de Emergência e da sua Chancela Bang e quem puder e conseguir ler, leia sem qualquer dúvida.
Para mais informações, podem consultar o website da Editora aqui.

Opinião – A Estrela do Amanhecer/Morning Star – #Red Rising 3 – Pierce Brown

Sinopse:
O muito aguardado desfecho da saga Red Rising, um dos maiores bestsellers internacionais.
Arriscando tudo para derrubar a Sociedade, Darrow sobreviveu à rivalidade entre os mais poderosos guerreiros. Alcançou o topo e esperou pacientemente pelo momento de desencadear a revolução que acabará com a hierarquia – e vai fazê-lo atacando-a por dentro. Finalmente, chegou a hora…
Para vencer, Darrow terá de convencer os que estão nas trevas a libertarem-se e reivindicarem um destino que é deles e lhes é negado há muito tempo. Um destino demasiado glorioso para não lutar por ele.
Darrow foi traído pelos seus aliados. Foi abandonado na escuridão. Pode a justiça falar mais alto? Quando a liberdade está ao nosso alcance, a esperança pode ser o nosso pior inimigo…
Opinião:
Bom a Saga Red Rising é possivelmente uma das melhores distopias FC que já li em toda a minha vida. Além da The Power of Five de Anthony Horowitz, nada me suscitou tanta empatia, tanta emoção a ler e tanta conexão com as personagens como o maravilhoso Universo criado pelo autor Pierce Brown. Eu considero um Game of Thrones no Espaço, uma luta entre “casas” neste caso Luas, Planetas, Espaço, e não existem sequer momentos em que possamos dizer que deveria ter sido algo alterado, porque tudo tem contexto, tudo se conecta. Com um índice de violência extremo desde o primeiro volume, este terceiro volume, “A Estrela do Amanhecer” que termina esta primeira Trilogia e Fase do Universo Red Rising é simplesmente de tirar o fôlego e preparem os corações porque quando pensaram que já viram e leram tudo vindo destas personagens, enganem-se. Quando pensamos que o pior já veio, upseee, afinal não, afinal ainda vem aí mais uma cena de selvajaria gratuita com toneladas de humor negro à mistura, protagonizada por norma pelo Darrow o Ceifeiro ou pelo meu crush literário Sevro au Barca aka Ares (O Sevro é possivelmente um dos meus personagens preferidos mais brejeiros de sempre).
O meu amor é de tal forma gigante a esta saga, a estas personagens (que sim é uma saga e o sexto livro da segunda trilogia sai este ano em inglês) que li em português (Pela Editorial Presença) e em inglês, daí a demora na opinião também (digital e físico) para entender ao certo as nomenclaturas corretas dadas a armas e equipamentos, a expressões usadas pelos Dourados que as traduções em Português não me pareceram as mais corretas porque não existe tradução “à letra” para determinados substantivos e adjetivos característicos destes livros.
Se ainda não conhecem, convido-vos a ler as opiniões antigas já escritas aqui para o blog (aqui e aqui)e agora no Bookstagram e aguardo o sexto livro para começar a segunda trilogia, cujos volumes anteriores já os tenho na estante. Queria tanto mas tanto que seguissem em frente com uma série ou filmes (existem vários rumores mas não passam disso, sem confirmações especificas de datas ou se vai mesmo para a frente) e até tenho meu elenco de sonho para cada uma das personagens! Sonhar não custa não é?
Obrigado a quem leu, até breve! Não dou estrelas porque não consigo, não há estrelas que coubessem aqui!
Opinião – Morte no Vale – LJ Ross – Cultura Editora, Grupo Infinito Particular

Sinopse:
O PASSADO NUNCA FICA ENTERRADO MUITO TEMPO…
O inspetor-chefe Ryan acredita que a sua história turbulenta, vivida em A Ilha Sagrada, o primeiro livro desta série, está resolvida e ultrapassada. Porém, nas primeiras horas do solstício de verão, o esqueleto de uma jovem mulher é encontrado dentro da Muralha de Adriano, em Nortúmbria, no Norte da Inglaterra. Há dez anos que o esqueleto ali estava, à espera de ser descoberto, e a tarefa de Ryan é agora juntar as peças e reconstituir o passado daquela mulher.
Os caminhos do inquérito cruzam-se misteriosamente, obrigando Ryan a enfrentar os seus próprios demónios e a entrar num jogo de gato e rato com um assassino que parece imparável.
Morte no Vale é o segundo livro da série do inspetor-chefe Ryan, uma coleção com dezanove títulos e sete milhões de exemplares vendidos.
Opinião : Antes demais, agradecimento à Editora pela oferta deste exemplar. Escolhi este livro por ser o que mais me chamou a atenção dentro do meu espectro de leituras e não podia ter feito melhor escolha. Estreia em absoluto de leituras desta autora e só me arrependo de ainda não ter lido o primeiro, A Ilha Sagrada (que deve ser fantástico tendo em conta a ligação enorme com este).
Fazendo parte de um Série de livros (atualmente dois editados em português pela Cultura Editora e vinte no total) tendo como protagonista o Inspector-Chefe Ryan, e sendo que comecei a ler sem ter visto nada acerca dos livros, fiquei surpreendentemente agradada com esta história em desenvolvimento. Novamente para quem lê ou já leu muitos thrillers, começa a ser difícil ler sem ter “poderes de adivinhação mágicos” do que vai acontecer no final, mas este deixou-me até à última página a dar a volta ao miolo, porque não adivinhei remotamente quem era o culpado de um dos crimes referenciados. Isto porque este livro tem ligação direta ao primeiro (apesar de o podermos ler sem deixar de perceber o contexto) e existe toda uma panóplia de vilões e crimes violentos que podem ser atribuídos a diversas personagens. Ryan é um inspetor duro, eficiente, no entanto amargurado por eventos recentes e muito familiares e julgo que o que embeleza a sua atuação é mesmo a equipa que trabalha com ele que é cativante e interessante do ponto de vista de personagens secundárias. Os crimes são bem apresentados, bem investigados e não existem momentos de aborrecimento na narrativa sendo que está sempre alguma coisa a acontecer ou a se desenvolver. Fiquei mesmo impressionada, foi uma leitura sem qualquer expetativa e anseio continuar a desfrutar desta série que muito tem para dar. Para quem gosta de thrillers, de crimes fora da caixa meio macabros, meio “cenas do oculto” tem aqui uma excelente leitura.
Dei 5 estrelinhas porque gostei mesmo, não conhecia e foi uma surpresa muito muito boa.

Opiniões livros lidos em Fevereiro
Mais uma vez, com bastante atraso, as opiniões em falta do mês de Fevereiro. Espero que seja do vosso agrado 🙂
1 – O Complexo dos Assassinos – Lindsay Cummings – Grupo Saída de Emergência
Sinopse: Um thriller intenso de ação e paixão num cenário futurista onde o número de assassinatos é superior à taxa de natalidade
Meadow Woodson, uma rapariga de 15 anos que foi treinada pelo seu pai para lutar, matar e sobreviver em qualquer situação, reside com a sua família num barco na Florida. O Estado é controlado pelo Complexo Assassino, uma organização que segue e determina a localização de cada cidadão com precisão, provocando o medo e opressão em absoluto.
Mas tudo se complica quando Meadow conhece Zephyr James, que é – embora ele não saiba – um dos assassinos programados do Complexo. Será o seu encontro uma coincidência ou parte de uma apavorante estratégia? E conseguirá Zephyr impedir que Meadow descubra a perigosa verdade sobre a sua família?
Opinião: Uma leitura muito aguardada e que finalmente peguei. E não me arrependi nem um pouco. Sendo fã de distopias e já tendo lindo várias, com diferentes temas, cenários, esta não difere muito do que já li (mistura claramente Hunger Games, com Divergent e diria uma pitada de The Power of Five series) portanto pode efetivamente ser considerado por muitos leitores e legitimamente como banal e mais do mesmo. Não para mim. Gostei mesmo muito da temática associada, mesmo com toda a violência e gostei das personagens. Meadow a protagonista feminina, foi treinada pelo pai a vida inteira para garantir a sua sobrevivência (e da sua família como vamos constatar) num Mundo destruído pela doença e pela morte (e sua extinção) e assassinatos a soldo. Zephyr, o protagonista masculino é (sem o saber) um assassino programado com uma agenda bem definida por terceiros e que vai contra aquilo que ele é. Luta constantemente contra a sua “mente”. Quando ambos se cruzam, o desenvolvimento de toda a história e personagens é rápido, constante e interessante. Está subentendida uma história de amor e coragem. Vários dramas familiares também. Li bastante rapidamente ávida pelo segundo volume e o culminar da história e efetivamente entreteve-me e gostei. No entanto sim, para quem já leu várias obras baseadas em distopias vai claramente reconhecer as “vibes” de outras obras e pode efetivamente facilmente se aborrecer. Existem também alguns termos que não foram exatamente bem traduzidos e a capa também pode iludir um pouco o leitor. Dei quatro estrelinhas porque a mim, soube-me bem ler.
2 – O Código da Morte – Lindsay Cummings – Grupo Saída de Emergência
Sinopse: Uma distopia inteligente, com personagens complexas e muita ação.
Semanas após ser capturada, Meadow Woodson foi feita prisioneira da Iniciativa e está prestes a perder tudo em nome da sobrevivência.
Tentam quebrá-la e forçá-la à submissão, mas a jovem não tenciona desistir e está determinada em não deixar a Iniciativa vencer. Não importam os obstáculos, atribulações e a dor, tudo irá suportar para proteger a sua família, mesmo que implique perder a vida.
Desejoso de obter vingança, Zephyr tem apenas um objetivo em mente: encontrar Lark Woodson, a mãe da rapariga que ama, e a mulher por detrás do segredo do Complexo dos Assassinos. Mas mesmo que consiga resgatar Meadow, ele terá de tomar a escolha de a seguir em direção ao desconhecido e sacrificar tudo aquilo pelo qual lutou, incluindo a sua própria liberdade…
Conseguirão ambos enfrentar a escuridão que os rodeia, derrotar os seus inimigos e, finalmente, encontrar uma luz de redenção e esperança?
Opinião: Confesso que estava com muitas expetativas para a leitura deste segundo livro do “Complexo dos Assassinos”. Com tantas pontas soltas que ficaram do primeiro volume era imperativo que as mesmas se “atassem” e nos fosse explicado afinal quem era na realidade a família de Meadow, as implicações da mesma em toda a trama e em torno da criação de assassinos para controlo populacional. Pois bem, foi efetivamente um desenvolvimento mais lento, mais aborrecido, mais do mesmo, que só penso que escapa mesmo pelos capítulos finais que nos dão alguma emoção e “paz” na leitura. Gostava que tivessem explorado mais a parte psicológica dos protagonistas e evitado alguma da violência gratuita e desnecessária a meu ver. Gostei, mas nem de perto como gostei do primeiro, e penso genuinamente que se poderia ter aproveitado melhor a história. Novamente algumas traduções “menos precisas”, mas nada de muito relevante no final. A este dou três estrelinha, pelos capítulos finais e fiquei um pouco triste de não ser tão emocionante como pensei que seria (tendo em conta o primeiro livro).
3 – Our House (A Nossa Casa) de Louise Candlish -Versão epub internacional
Sinopse: On a bright January morning in the London suburbs, a family moves into the house they’ve just bought in Trinity Avenue.
Nothing strange about that. Except it is your house. And you didn’t sell it.
When Fiona Lawson comes home to find strangers moving into her house, she’s sure there’s been a mistake. She and her estranged husband, Bram, have a modern co-parenting arrangement: bird’s nest custody, where each parent spends a few nights a week with their two sons at the prized family home to maintain stability for their children. But the system built to protect their family ends up putting them in terrible jeopardy. In a domino effect of crimes and misdemeanors, the nest comes tumbling down.
Now Bram has disappeared and so have Fiona’s children. As events spiral well beyond her control, Fiona will discover just how many lies her husband was weaving and how little they truly knew each other. But Bram’s not the only one with things to hide, and some secrets are best kept to oneself, safe as houses.
Opinião em PT : Fiquei super super curiosa com este livro assim que vi que ia sair em português. Por questões orçamentais acabei por ler em inglês ainda mesmo de sair a versão em Português pela Editora Clube do Autor. Não vou estar com paninhos quentes, porque este livro foi a primeira desilusão literária do ano. Já li tanto mas tanto thriller e nunca nenhum me aborreceu de morte como este. Nem o Peregrino de Terry Hayes que grande parte dos leitores achou “chato” e eu adorei, tendo sido ARC reader na altura. Fui vencida pelo cansaço página após página (dizia ao Gustavo todos os dias que ia desistir) com um elenco de personagens sem sal, aborrecido,clichés atrás de clichés e eu nem do final consegui gostar porque a um terço do livro já o tinha “previsto”. O inicio confesso entusiasmou-me (as primeiras 99 páginas creio) e parecia promissor e inovador (bolas quem é que queria estar na pele da Fiona,que parecia que nada sabia e que tudo era uma conspiração para lhe destruir a vida como ela a conhecia), até começar o “engonhar” o não avançar da história (até considero os chamados fillers ou falando bom português “encher chouriços”). Nem o conceito de guarda partilhada dos filhos eu achei assim tão “bom” apesar de dar a mão à palmatória que é algo muito bom para pais que efetivamente o consigam fazer em prol dos seus filhos. Aqui no nosso projeto BibliotecaMil somos apologistas de SEMPRE mas SEMPRE darmos a nossa opinião honesta independente de ser parceria, de ser oferecido, o que seja. Reviews honestas e imparciais são de extrema importância para que exista uma comunidade de leitores informada e que saiba onde investir o seu orçamento literário. Se todos gostássemos de Branco a vida não era o arco-íris que queremos que seja sempre ☺ Dei duas estrelas pela promessa de que ia ser um bom livro, mas infelizmente, para mim, não serviu.
ENG Review: I was super super curious about this book as soon as i saw it was going to be translated in Portuguese. Due to budge reasons, i ended up reading it in English even though the Portuguese version was published by Editora Clube do Autor. I won’t be holding back because this book was the first literary disappointment of the year. I’ve read so many thrillers and none of them has ever bored me to death like this one. Not even I am Pilgrim by Terry Hayes, which most readers found “boring” and I loved it, having been an ARC reader at the time. I was overcome by fatigue page after page (I told Gustavo every day that I was going to give up) with a cast of characters without salt, boring, clichés after clichés and I couldn’t even like the end because a third of the way through the book I had already “predicted” it ”. The beginning, I admit, excited me (the first 99 pages I think) and it seemed promising and innovative (hell who wanted to be in Fiona’s shoes, who seemed to know nothing and that everything was a conspiracy to destroy her life as she knew it ), until the “slow passing” or the non-advance of the story began (I even consider the so-called fillers or, speaking in good Portuguese, “encher chouriços”). I didn’t even find the concept of shared custody of children that “good”, despite giving a shot that is a very good ideia and concept for parents who effectively manage to do it on behalf of their children. Here in our BibliotecaMil project we are ALWAYS apologists ALWAYS give our honest opinion regardless of whether it is a partnership, offer or not. Honest and unbiased reviews are of utmost importance for an informed community of readers who know where to invest their literary budget. If we all liked White, life wouldn’t be the rainbow we want it to always be ☺ I gave it two stars for the promise that it would be a good book, but unfortunately, for me, it didn’t work.
4 – Em Fuga – C.L Taylor – TopSeller
Sinopse: Quando uma estranha pede uma simples boleia a Jo Blackmore, esta concorda, mas rapidamente se arrepende de o ter feito.
Afinal, a mulher sabe o nome de Jo, conhece o seu marido, Max, e tem em seu poder uma luva que pertence a Elise, a filha de 2 anos de Jo.
O que começa por ser uma ténue ameaça de uma desconhecida, rapidamente se transforma num pesadelo, quando a polícia, os serviços sociais e até o próprio marido começam a duvidar das capacidades mentais de Jo.
Ninguém parece acreditar que Elise esteja em perigo, e a mulher estranha começa a apertar o cerco. Nesse momento, Jo sabe que só existe uma forma de manter a filha a salvo…
Opinião: Que livraço! Meu Deus! Peguei nele no inicio de um sábado e terminei ao final do dia. Este é daqueles que não se consegue parar de ler, mesmo que se tenha a roupa toda para passar! É emocionante do principio ao fim, sendo que aborda temáticas tão importantes como dolorosas de saúde mental, de violência doméstica e de determinação para colocar o bem estar infantil em primeiro lugar mesmo que assim não pareça. Entre passado e presente, a narrativa leva-nos a viver a vida de Jo, que se vê traída pelos que mais ama e abençoada por estranhos. Perseguida, vivendo uma vida de mentira, o único desejo da mesma é segurança e bem estar da filha Elise, que com 2 anos se vê arrastada para uma vida de fuga, de si mesma e de quem lhe quer apenas o mal. Não aborrece, não tem momentos “parados” e narrativa conduz-nos para um final lindo, surpreende e de superação e aceitação. Onde o perdão ganha outro nível. Comprei ano passado numa promoção de 50% do Continente apenas pela sinopse e não podia estar mais feliz. Quero ler mais da autora sem dúvida alguma. Dei cinco estrelinhas.
5 – A Vingança Serve-se Quente – M.J. Arlidge – TopSeller
Sinopse: SEIS INCÊNDIOS EM VINTE E QUATRO HORAS,
DOIS MORTOS E VÁRIOS FERIDOS…
Na calada da noite, três violentos incêndios iluminam os céus da cidade. Para a detetive Helen Grace, as chamas anunciam algo mais do que uma coincidência trágica — este cenário infernal de morte e destruição revela uma ameaça nunca antes vivenciada.
No decurso da investigação, descobre-se que aquele que procuram não é apenas um incendiário em busca de emoções fortes — os atos criminosos denunciam um assassino meticuloso e calculista. Alguém que pretende reduzir as suas vítimas a cinzas…
Uma nuvem negra de medo e desconfiança estende-se sobre a cidade, à espera da faísca que provocará a próxima tragédia. Conseguirá Helen descobrir a tempo quem será a próxima vítima?
Opinião: Mais um livro comprado em promoção pela sinopse e uma estreia em leituras deste autor. E que estreia! É o quarto livro da Saga Helen Grace, uma detetive carismática e com uma personalidade suis generis (não vou dar spoiler, MAS é uma avariada da cabeça) e apesar de claramente a leitura dos três anteriores seja muito importante para a construção das personagens como elas são neste livro, eu li sem qualquer problema de interpretação e conhecimento,podendo então ler-se a “solo”. Com um caso sólido de um pirómano à solta, que não se coíbe em assassinar cruelmente quem fica debaixo dos incêndios que ateia, a narrativa leva-nos pela investigação dos casos mas também pelo desenvolvimento das personagens principais desta série. Gostei muito da Charlie, mesmo a Grace tendo sido a personagem com mais foco e foi outro livro que li quase sem paragens, porque o final é surpreendentemente bom e sem pontas soltas no que compete ao assassino pirómano. Quero ler os livros anteriores e posteriores porque fiquei bastante satisfeita com este thriller, com as personagens e com a forma como o autor escreve. Dei quatro estrelinhas com a premissa que ainda não li o melhor do autor.
Espero que gostem, como eu gostei de ler! Até breve e obrigado a quem ainda nos lê, a quem ainda dá valor a opiniões honestas e isentas.
Opinião – Um dia a aldeia acabou – Nuno Franco Pires
Opinião:
Existem livros que nos marcam a alma e os nossos pensamentos mais íntimos. Este livro é isso e muito mais. A rapidez com que li, e já voltei a reler uma segunda vez deixa-nos sem duvidas que é uma obra bonita, cheia de pensamentos e histórias bonitas e acima de tudo uma lição comovente do que ainda se passa um pouco pelo interior do nosso País fora, a contínua desertificação do mesmo. Neste caso estamos nas profundezas do meu querido Alentejo, perto de Elvas e ao longo de décadas vamos acompanhado uma família que se une a outras famílias da terra, gente que luta pela sua terra, pelas suas origens, por manter as tradições e por manter os filhos da terra junto de si, mas infelizmente, a conjuntura sócio económica e política (o pós 25 de Abril de 1974) e a visão menos poética por parte de alguns senhores dos negócios que mantinham a terra próspera e cheia de vida condenam a pequena aldeia de Santa Isabel (o palco destas histórias de vida) a perder os seus e ficam apenas os que não querem sair aconteça o que acontecer. “As aldeias não morrem, pois não?” vamos sendo questionados ao longo dos capítulos.
As ilustrações são simplesmente maravilhosas e apropriadas a cada um dos capítulos, que visitam a vida pessoal de cada um dos nascidos em Santa Isabel e que infelizmente se viram obrigados a partir e a deixar os mais velhos.
Permitam-me que vos diga que todo o livro é um hino a tradições e costumes alentejanos e ao ler senti que estava a ouvir a minha avó e a minha mãe a contar as histórias da juventude delas, o decoro, o namorar com respeito, o madeiro a arder, as típicas refeições incríveis da terra, a infelicidade das gravidezes não evolutivas e como foi tudo ficando mais velho e mais velho e os mais novos foram para as grandes cidades, a minha mãe saiu bem cedo da pequena Vila onde nasceu para tentar ter melhores condições de vida… digamos que é uma obra que a senti como “minha” e dos meus, e que pura e simplesmente me maravilhou. Um enorme obrigado ao Nuno Franco Pires pela amabilidade de me oferecer a obra para ler, não me vou esquecer por mais anos que viva.
Esta obra é uma edição de autor, pelo que aconselho a solicitarem a mesma diretamente ao mesmo. Leiam que vale mesmo a pena, e não digo isto levianamente. Sombras da Raia é maravilhoso mas eu julgo que gostei ainda mais deste “Um dia a Aldeia Acabou”. Este livro merecia sem duvida estar num top dez nacional de ficção Nacional.
O Autor:

Nuno Franco Pires nasceu em 1975, em Elvas, e por lá continua.
Gosta de ser alentejano. Gosta de escrever.
Iniciou a aventura pela blogosfera sendo coautor do espaço Dualidades. Participou em coletâneas com autores portugueses e espanhóis, escreveu artigos de opinião e crónicas para portais locais. Integra o painel de tertulianos da rúbrica “Conversas de barbearia” do blog Três Paixões.
Em 2014 publicou o seu romance de estreia “Searas ao vento”. Em 2020, em plena pandemia, seguiu-se-lhe “Um dia a aldeia acabou”. “Sombras da raia” é o seu terceiro romance.
Opiniões livros lidos em Janeiro
Desde já lamento o atraso, mas o ritmo a que leio é muito superior ao que tenho tempo para escrever sobre as leituras. Então vão seguir opiniões mais curtas , mas honestas que espero que sejam do vosso agrado.

1 – O Homem do Colorado de Stephen King
Sinopse: “Numa ilha ao largo da costa do Maine é encontrado o cadáver de um homem não identificado. Só o trabalho empenhado de dois jornalistas locais e de um aluno de pós-graduação em medicina forense permite apurar algumas pistas, embora se passe mais de um ano até o homem ser identificado. Mas isto é apenas o princípio do mistério. Porque quanto mais sabem acerca do homem e das circunstâncias enigmáticas da sua morte, menos a compreendem. Qual teria sido o móbil do crime?
Ninguém como Stephen King poderia contar esta história acerca da aura que rodeia o desconhecido e da nossa compulsão para investigar o inexplicável. Com ecos de Dashiell Hammett e Graham Greene, um dos maiores contadores de histórias do mundo presenteia-nos com uma narrativa emotiva e surpreendente cujo tema é nada menos do que a própria natureza do mistério…”
Opinião: Este livro é especial por diversos motivos. Foi-nos deixado em herança pelo melhor amigo do Gustavo que partiu muito cedo. Peguei nele após o encontrar entre as muitas arrumações após as inundações que sofremos e é um livro que se lê muito rapidamente e diferente do registo habitual do mestre King. É um livro recheado de apontamentos de humor entre personagens castiças e carismáticas já com uma certa idade, um crime que se torna num mistério levado da breca que se adensa cada vez mais ao longo da narrativa e um final surpreendente pela maneira como nos é contado. Pelo que sei foi adaptado a série televisiva, mas não é muito fiel ao livro em si. Há quem tenha adorado, há quem tenha odiado, eu gostei bastante para o se propõe, dou 3 Estrelinhas.
2 – Os Conspiradores de Un-Sum Kim – Lua de Papel
Sinopse: Basta-lhe apertar o gatilho. Mas hesita. Talvez porque o sol se esteja a pôr. Ou porque a visão da sua vítima, a regar as flores do jardim, o faça hesitar. Ou talvez porque, aos 32 anos, e depois de 15 como assassino contratado, sinta um inesperado vazio. Poisa portanto a arma. O sol, entretanto, já se pôs. Reseng deita-se à espera de um novo dia. Então matará o general. Ou talvez não. Porque o velho lhe aparece de repente ao cair da noite. E convida-o para um chá.
O início do livro é extraordinário. Apaixonamo-nos por Reseng, um assassino em crise existencial. E aos poucos, em pinceladas precisas, aprendemos a conhecê-lo melhor. É um órfão, foi acolhido aos quatro anos por um gangster, e vive desde então numa enorme biblioteca – que é também a sede de um sindicato do crime. É ali que recebe as ordens para matar, por entre leituras de Sófocles e Calvino.
Os Conspiradores deram a conhecer ao Ocidente o premiado autor coreano Un-su Kim, que deixou a crítica tão rendida como desconcertada. Surgiram as comparações, falou-se muito em Camus, em Murakami e até em Don DeLillo. Mas se nas referências literárias não foi encontrado um denominador comum, sempre que se frisava o fulgor cinematográfico da obra, o nome evocado era o mesmo: Quentin Tarantino.
Algures entre esses dois polos – um existencialismo mudo a par de uma exuberante coreografia da violência -, desenha-se um romance notável, que nos prende à leitura e nos leva para além dela.
Opinião: AHHHHHH literatura coreana… não sei quanto a vocês mas eu ADORO! Tanto Manhwa como ficção. Os Conspiradores foi daquelas leituras que te estás a rir como te estás a encolher todo com o nível de violência protagonizado pelas várias personagens ao longo da narrativa. Reseng é um assassino contratado ao estilo Yakuza Japonesa, que ficou orfão muito cedo e foi acolhido por um senhor do crime organizado. Mas que começa a ter problemas de consciência… mas não é bem consciência, é mais de que raios ando eu aqui a fazer no Mundo. Tem duas gatas que adora, o seu refúgio/sede é a Biblioteca dos Cães (e lá existe melhor sitio para nos refugiarmos do que uma biblioteca gigantesca, cheia de livros antigos e poeirentos) e quando se torna ele a presa, a ter que fugir não sabe de quem nem do quê, tudo se torna mais divertido e selvagem. Pelo caminho vão ficando aliados e inimigos apanhados numa guerra por poder mas com mortes todas elas hilariantes e fora do comum. Este é daqueles livros que vieram cá parar a casa por impulso em promoção e valeu tanto, mas tanto a pena. Apenas um pequeno reparo, algumas traduções não estão cem por cento fiéis e podem por vezes confundir o leitor, mas basta ler com atenção que se entende. Dei cinco Estrelinhas ☺
3 – Nascimento Mortal – J.D Robb – Saída de Emergência
Sinopse: A tenente Dallas debate-se com um assassino implacável numa luta contra o tempo
Quando dois jovens amantes – ambos funcionários da mesma empresa de contabilidade – são assassinados, a tenente Dallas é encarregada de investigar os homicídios. A braços com a organização do chá de bebé para Mavis, Eve terá igualmente de lidar com outro pedido da sua amiga: encontrar Tandy Willowby, uma das gestantes das aulas de preparação para o parto, que entretanto desapareceu.
Normalmente, Eve não investigaria um caso destes. No entanto, Mavis é a sua melhor amiga, e a tenente não pode dizer que não. Dallas terá de encontrar Tandy ao mesmo tempo que desvenda os segredos ocultos nos ficheiros de alguns dos mais ricos e reservados cidadãos, numa corrida contra um assassino particularmente cruel. E enquanto o seu marido Roarke descobre informações cruciais para a resolução do caso, Eve enfrenta um perigo bem real…
Opinião: Quem me conhece já sabe que sou fã de longa data da saga Mortal e da Eve & Roarke ship. Mas este livro, bom ficou-me mesmo no coração. Porque a Saga tem personagens secundárias que são tão ou mais importantes e que seguimos o ser percurso deste o inicio e neste livro temos um desenvolvimento muito muito especial, da melhor amiga da Eve, Mavis, e que me deixou o coração quentinho e tornou-se um dos meu favoritos até à data desde que leio a Saga Mortal. Como sempre a Tenente Eve Dallas tem um crime em mãos para resolver, e este bastante peculiar, bastante sórdido, e que dá azo a que tenhamos aqui um livro que não aborrece, que pode e deve ser lido se quiserem sem ser por “ordem” (todos eles podem ser lindos standalone, mas obviamente que quem segue vai entender melhor o relacionamento e evolução das personagens e cenários de crime) e com um final lindíssimo que dá vontade até de reler o livro. Contem sempre com a cenas “picantes” da Eve e do Roarke (ai o Roarke…) que são sempre características na escrita de J.D Robb e que aguçam ainda mais o apetite por estas leituras. Dei cinco estrelinhas.
4 – A Terceira Voz de Cilla e Rolf Börjlind – TopSeller
Sinopse: Um homem enforcado, uma mulher brutalmente assassinada, um denominador comum. Após ter descoberto uma verdade perturbadora e violenta sobre o seu passado, Olivia Rönning decide adiar o que poderia ser uma promissora carreira na Polícia. É então que o pai da sua amiga Sandra Sahlmann, um funcionário da alfândega em Estocolmo, aparece enforcado em casa. À primeira vista, tudo aponta para suicídio. Olivia, porém, sente que algo não bate certo. Ela sabe que não se deve envolver, mas o caso torna-se demasiado pessoal.
Em simultâneo, uma mulher é brutalmente assassinada em Marselha, França. Trata-se de Samira Villon, uma ex-artista de circo cega que fazia filmes pornográficos para sobreviver. Sem saber o que o espera, Tom Stilton, um ex-inspetor da Polícia com quem Olivia colaborou no passado, é arrastado para este caso. Duas mortes aparentemente desligadas entre si juntam novamente Olivia Rönning e Tom Stilton numa investigação de contornos surpreendentes. Conseguirão eles resolver ambos os casos e impedir que mais pessoas tenham destinos trágicos?
Opinião: Este é o segundo livro de uma saga (Rönning & Stilton) mas que também veio cá para casa através de promoção. Não li ainda o primeiro e li o segundo de um sopro de tão bom que é. Não perdi nada em relação ao primeiro porque podem ser lidos independente da ordem, porque são explicadas as origens das personagens principais, Olivia e Tom e o que os leva à narrativa em questão. Dois crimes (ou serão mais?), mas só um deles é considerado como tal. Desejo de vingança, de ordem, de justiça, numa corrida contra o tempo e contra a própria lei. Tal como a maioria dos policiais/Thrillers Nórdicos, temos o q.b de violência inerente a ambos os casos retratados e a componente altamente psicológica e mind blowing que nos deixa sem qualquer tipo de enfado na leitura e que nos prende até ao final sem pestanejar. É simplesmente bom de e ler. Já está na wishlist o primeiro (estão apenas dois traduzidos em português) e dei cinco estrelinhas. Mas dava seis.
5 – Verity, Edição especial de colecionador de Colleen Hoover – TopSeller
Sinopse: Lowen Ashleigh é uma escritora que se debate com grandes dificuldades financeiras, até que aceita uma oferta de trabalho irrecusável: terminar os três últimos volumes da série de sucesso de Verity Crawford, uma autora de renome que ficou incapacitada depois de um terrível acidente.
Para poder entrar na cabeça de Verity e estudar as anotações e ideias reunidas ao longo de anos de trabalho, Lowen aceita o convite de Jeremy Crawford, marido da autora, e muda-se temporariamente para a casa deles. Mas o que ela não esperava encontrar no caótico escritório de Verity era a autobiografia inacabada da autora. Ao lê-la, percebe que esta não se destinava a ser partilhada com ninguém.
São páginas e páginas de confissões arrepiantes, incluindo as memórias de Verity relativas ao dia da morte da filha. Lowen decide ocultar de Jeremy a existência do manuscrito, sabendo que o seu conteúdo destroçaria aquele pai, já em tão grande sofrimento. Mas, à medida que os sentimentos de Lowen por Jeremy se intensificam, ela apercebe-se de que talvez seja melhor ele ler as palavras escritas por Verity. Afinal de contas, por mais dedicado que Jeremy seja à sua mulher doente, uma verdade tão horrenda faria com que fosse impossível ele continuar a amá-la.
Opinião: A minha estreia de livros da Colleen Hoover. Foi-me dito que começava por um livro que não fazia jus à escrita da autora, mas permitam-me discordar. Este foi o livro ideal para mim. E digo ideal porque não existe propriamente romance (que não é o meu género literário de eleição, portanto perfeito) mas sim uma história forte, com personagens de carácter duvidoso, polémico e até diria quase a roçar o tabu. Confesso que fui sem ler spoilers nem grandes reviews porque queria a experiência por inteiro e ainda bem que o fiz. Infelizmente não posso dar a opinião honesta sobre a Verity Crawford porque iria gerar polémica desnecessária, obviamente não concordando com as ações por ela praticadas contra as filhas, mas, existe sempre o mas. E também não morri de amores pela Lowen, que me parece mais uma personagem de suporte do que propriamente uma das protagonistas. Sem serem os três filhos de Verity, a única vitima passiva desta trama é mesmo o Jeremy, no entanto, ele próprio é culpado do seu próprio egoísmo. E não me vou alongar mais, porque como mencionei, acerca deste livro tenho que me refrear na opinião pessoal e íntima. Essa vai mesmo ficar só para mim. Dei cinco estrelinhas, daria dez ou cem. Está muito bem escrito, é muito mas muito real e o capítulo extra faz valer a pena ler esta versão, contextualizando e finalizando uma história que tinha tudo para correr mal. E correu.
6 – Sem Medo do Destino – Nora Roberts – Saída de Emergência
Sinopse: Nos indolentes dias de verão, uma intensa vaga de calor é a maior notícia na cidade de Washington – mas a meteorologia é ignorada quando uma jovem é encontrada estrangulada.
Mais duas vítimas se seguem e subitamente todos os grandes jornais falam no assassino a quem chamam “O Padre”. Quando a polícia requisita o auxílio da psiquiatra Tess Court, ela apresenta o retrato-perfil perturbador de uma alma perversa para definir o criminoso.
Mas o Detetive Ben Paris não quer saber da psique do assassino – o que ele não consegue ignorar é Tess.
Confiante e atraente, Ben tem uma lendária reputação como mulherengo, mas Tess não reage a Ben como as outras mulheres, tornando o desafio de a conquistar muito mais aliciante.
Enquanto Ben e Tess se associam como parceiros nesta perigosa missão, a chama da paixão acende-se… No entanto, alguém mais tem o olhar enfeitiçado pela bela psiquiatra loura, e talvez ninguém consiga impedir a próxima tragédia.
Opinião: Então, mais um livro de Nora Roberts da minha lista interminável de livros para ler dela. Como já mencionei não sou propriamente fã de romances mas a minha querida Nora é a exceção No entanto, demorei algum tempo ainda a poder comprar este livro mas a sinopse desta vez acho que não faz propriamente jus ao que li. Ou seja não gostei assim tanto como queria ter gostado da história digamos principal mas gostei muito (mesmo muito) da história secundária. Temos crime com cenas de stalking meio assustadoras, temos romance com cenas picantes, temos a temática que me fez ler o livro todo sem desistir, saúde mental que é tão importante e tão próxima de mim e os capítulos finais são emocionantes justamente por isso. A dor de Tess ao longo de toda a história secundária é bastante credível e humana. O Ben é o detetive tipico cheio de lábia mas que vê em Tess um desafio merecedor do seus esforços. E todos estes elementos, deram um livro bom, mas não foi dos melhores que li da Nora. Dei três estrelinhas.
Em breve as opiniões dos lidos em Fevereiro. Possivelmente vou começar a efetuar estes posts mensais porque não consigo mesmo opinar na hora tudo o que leio. Obrigado a quem nos continua a ler, e a acreditar que existimos. Sabemos que já ninguém lê blogs mas vamos continuar por cá, até nos apetecer. Boas Leituras!
Apresentação “Sombras da Raia” de Nuno Franco Pires – Visgarolho – 4 de Março 2023, Fnac Évora
Foi no sábado que nos fizémos à estrada e fomos à apresentação do livro As Sombras da Raia, bem longe aqui da nossa área de residência. Serviu como um excelente passeio à belissima cidade de Évora (infelizmente o tempo foi curto) e para conhecer o autor Nuno Franco Pires, que é de uma simpatia e talento enormes.
Deixamos a galeria possivel de fotos e o video (desculpem pelo audio baixo) da apresentação e mini passeio.
Podem e deve ler a opinão ao livro aqui e adquirir nas livrarias aderentes ou directamente no website da Editora Visgarolho






O Autor:

Nuno Franco Pires nasceu em 1975, em Elvas, e por lá continua.
Gosta de ser alentejano. Gosta de escrever.
Iniciou a aventura pela blogosfera sendo coautor do espaço Dualidades. Participou em coletâneas com autores portugueses e espanhóis, escreveu artigos de opinião e crónicas para portais locais. Integra o painel de tertulianos da rúbrica “Conversas de barbearia” do blog Três Paixões.
Em 2014 publicou o seu romance de estreia “Searas ao vento”. Em 2020, em plena pandemia, seguiu-se-lhe “Um dia a aldeia acabou”. “Sombras da raia” é o seu terceiro romance.