Daily Archives: 20 de Março de 2023
Opinião – Morte no Vale – LJ Ross – Cultura Editora, Grupo Infinito Particular

Sinopse:
O PASSADO NUNCA FICA ENTERRADO MUITO TEMPO…
O inspetor-chefe Ryan acredita que a sua história turbulenta, vivida em A Ilha Sagrada, o primeiro livro desta série, está resolvida e ultrapassada. Porém, nas primeiras horas do solstício de verão, o esqueleto de uma jovem mulher é encontrado dentro da Muralha de Adriano, em Nortúmbria, no Norte da Inglaterra. Há dez anos que o esqueleto ali estava, à espera de ser descoberto, e a tarefa de Ryan é agora juntar as peças e reconstituir o passado daquela mulher.
Os caminhos do inquérito cruzam-se misteriosamente, obrigando Ryan a enfrentar os seus próprios demónios e a entrar num jogo de gato e rato com um assassino que parece imparável.
Morte no Vale é o segundo livro da série do inspetor-chefe Ryan, uma coleção com dezanove títulos e sete milhões de exemplares vendidos.
Opinião : Antes demais, agradecimento à Editora pela oferta deste exemplar. Escolhi este livro por ser o que mais me chamou a atenção dentro do meu espectro de leituras e não podia ter feito melhor escolha. Estreia em absoluto de leituras desta autora e só me arrependo de ainda não ter lido o primeiro, A Ilha Sagrada (que deve ser fantástico tendo em conta a ligação enorme com este).
Fazendo parte de um Série de livros (atualmente dois editados em português pela Cultura Editora e vinte no total) tendo como protagonista o Inspector-Chefe Ryan, e sendo que comecei a ler sem ter visto nada acerca dos livros, fiquei surpreendentemente agradada com esta história em desenvolvimento. Novamente para quem lê ou já leu muitos thrillers, começa a ser difícil ler sem ter “poderes de adivinhação mágicos” do que vai acontecer no final, mas este deixou-me até à última página a dar a volta ao miolo, porque não adivinhei remotamente quem era o culpado de um dos crimes referenciados. Isto porque este livro tem ligação direta ao primeiro (apesar de o podermos ler sem deixar de perceber o contexto) e existe toda uma panóplia de vilões e crimes violentos que podem ser atribuídos a diversas personagens. Ryan é um inspetor duro, eficiente, no entanto amargurado por eventos recentes e muito familiares e julgo que o que embeleza a sua atuação é mesmo a equipa que trabalha com ele que é cativante e interessante do ponto de vista de personagens secundárias. Os crimes são bem apresentados, bem investigados e não existem momentos de aborrecimento na narrativa sendo que está sempre alguma coisa a acontecer ou a se desenvolver. Fiquei mesmo impressionada, foi uma leitura sem qualquer expetativa e anseio continuar a desfrutar desta série que muito tem para dar. Para quem gosta de thrillers, de crimes fora da caixa meio macabros, meio “cenas do oculto” tem aqui uma excelente leitura.
Dei 5 estrelinhas porque gostei mesmo, não conhecia e foi uma surpresa muito muito boa.

Opiniões livros lidos em Fevereiro
Mais uma vez, com bastante atraso, as opiniões em falta do mês de Fevereiro. Espero que seja do vosso agrado 🙂
1 – O Complexo dos Assassinos – Lindsay Cummings – Grupo Saída de Emergência
Sinopse: Um thriller intenso de ação e paixão num cenário futurista onde o número de assassinatos é superior à taxa de natalidade
Meadow Woodson, uma rapariga de 15 anos que foi treinada pelo seu pai para lutar, matar e sobreviver em qualquer situação, reside com a sua família num barco na Florida. O Estado é controlado pelo Complexo Assassino, uma organização que segue e determina a localização de cada cidadão com precisão, provocando o medo e opressão em absoluto.
Mas tudo se complica quando Meadow conhece Zephyr James, que é – embora ele não saiba – um dos assassinos programados do Complexo. Será o seu encontro uma coincidência ou parte de uma apavorante estratégia? E conseguirá Zephyr impedir que Meadow descubra a perigosa verdade sobre a sua família?
Opinião: Uma leitura muito aguardada e que finalmente peguei. E não me arrependi nem um pouco. Sendo fã de distopias e já tendo lindo várias, com diferentes temas, cenários, esta não difere muito do que já li (mistura claramente Hunger Games, com Divergent e diria uma pitada de The Power of Five series) portanto pode efetivamente ser considerado por muitos leitores e legitimamente como banal e mais do mesmo. Não para mim. Gostei mesmo muito da temática associada, mesmo com toda a violência e gostei das personagens. Meadow a protagonista feminina, foi treinada pelo pai a vida inteira para garantir a sua sobrevivência (e da sua família como vamos constatar) num Mundo destruído pela doença e pela morte (e sua extinção) e assassinatos a soldo. Zephyr, o protagonista masculino é (sem o saber) um assassino programado com uma agenda bem definida por terceiros e que vai contra aquilo que ele é. Luta constantemente contra a sua “mente”. Quando ambos se cruzam, o desenvolvimento de toda a história e personagens é rápido, constante e interessante. Está subentendida uma história de amor e coragem. Vários dramas familiares também. Li bastante rapidamente ávida pelo segundo volume e o culminar da história e efetivamente entreteve-me e gostei. No entanto sim, para quem já leu várias obras baseadas em distopias vai claramente reconhecer as “vibes” de outras obras e pode efetivamente facilmente se aborrecer. Existem também alguns termos que não foram exatamente bem traduzidos e a capa também pode iludir um pouco o leitor. Dei quatro estrelinhas porque a mim, soube-me bem ler.
2 – O Código da Morte – Lindsay Cummings – Grupo Saída de Emergência
Sinopse: Uma distopia inteligente, com personagens complexas e muita ação.
Semanas após ser capturada, Meadow Woodson foi feita prisioneira da Iniciativa e está prestes a perder tudo em nome da sobrevivência.
Tentam quebrá-la e forçá-la à submissão, mas a jovem não tenciona desistir e está determinada em não deixar a Iniciativa vencer. Não importam os obstáculos, atribulações e a dor, tudo irá suportar para proteger a sua família, mesmo que implique perder a vida.
Desejoso de obter vingança, Zephyr tem apenas um objetivo em mente: encontrar Lark Woodson, a mãe da rapariga que ama, e a mulher por detrás do segredo do Complexo dos Assassinos. Mas mesmo que consiga resgatar Meadow, ele terá de tomar a escolha de a seguir em direção ao desconhecido e sacrificar tudo aquilo pelo qual lutou, incluindo a sua própria liberdade…
Conseguirão ambos enfrentar a escuridão que os rodeia, derrotar os seus inimigos e, finalmente, encontrar uma luz de redenção e esperança?
Opinião: Confesso que estava com muitas expetativas para a leitura deste segundo livro do “Complexo dos Assassinos”. Com tantas pontas soltas que ficaram do primeiro volume era imperativo que as mesmas se “atassem” e nos fosse explicado afinal quem era na realidade a família de Meadow, as implicações da mesma em toda a trama e em torno da criação de assassinos para controlo populacional. Pois bem, foi efetivamente um desenvolvimento mais lento, mais aborrecido, mais do mesmo, que só penso que escapa mesmo pelos capítulos finais que nos dão alguma emoção e “paz” na leitura. Gostava que tivessem explorado mais a parte psicológica dos protagonistas e evitado alguma da violência gratuita e desnecessária a meu ver. Gostei, mas nem de perto como gostei do primeiro, e penso genuinamente que se poderia ter aproveitado melhor a história. Novamente algumas traduções “menos precisas”, mas nada de muito relevante no final. A este dou três estrelinha, pelos capítulos finais e fiquei um pouco triste de não ser tão emocionante como pensei que seria (tendo em conta o primeiro livro).
3 – Our House (A Nossa Casa) de Louise Candlish -Versão epub internacional
Sinopse: On a bright January morning in the London suburbs, a family moves into the house they’ve just bought in Trinity Avenue.
Nothing strange about that. Except it is your house. And you didn’t sell it.
When Fiona Lawson comes home to find strangers moving into her house, she’s sure there’s been a mistake. She and her estranged husband, Bram, have a modern co-parenting arrangement: bird’s nest custody, where each parent spends a few nights a week with their two sons at the prized family home to maintain stability for their children. But the system built to protect their family ends up putting them in terrible jeopardy. In a domino effect of crimes and misdemeanors, the nest comes tumbling down.
Now Bram has disappeared and so have Fiona’s children. As events spiral well beyond her control, Fiona will discover just how many lies her husband was weaving and how little they truly knew each other. But Bram’s not the only one with things to hide, and some secrets are best kept to oneself, safe as houses.
Opinião em PT : Fiquei super super curiosa com este livro assim que vi que ia sair em português. Por questões orçamentais acabei por ler em inglês ainda mesmo de sair a versão em Português pela Editora Clube do Autor. Não vou estar com paninhos quentes, porque este livro foi a primeira desilusão literária do ano. Já li tanto mas tanto thriller e nunca nenhum me aborreceu de morte como este. Nem o Peregrino de Terry Hayes que grande parte dos leitores achou “chato” e eu adorei, tendo sido ARC reader na altura. Fui vencida pelo cansaço página após página (dizia ao Gustavo todos os dias que ia desistir) com um elenco de personagens sem sal, aborrecido,clichés atrás de clichés e eu nem do final consegui gostar porque a um terço do livro já o tinha “previsto”. O inicio confesso entusiasmou-me (as primeiras 99 páginas creio) e parecia promissor e inovador (bolas quem é que queria estar na pele da Fiona,que parecia que nada sabia e que tudo era uma conspiração para lhe destruir a vida como ela a conhecia), até começar o “engonhar” o não avançar da história (até considero os chamados fillers ou falando bom português “encher chouriços”). Nem o conceito de guarda partilhada dos filhos eu achei assim tão “bom” apesar de dar a mão à palmatória que é algo muito bom para pais que efetivamente o consigam fazer em prol dos seus filhos. Aqui no nosso projeto BibliotecaMil somos apologistas de SEMPRE mas SEMPRE darmos a nossa opinião honesta independente de ser parceria, de ser oferecido, o que seja. Reviews honestas e imparciais são de extrema importância para que exista uma comunidade de leitores informada e que saiba onde investir o seu orçamento literário. Se todos gostássemos de Branco a vida não era o arco-íris que queremos que seja sempre ☺ Dei duas estrelas pela promessa de que ia ser um bom livro, mas infelizmente, para mim, não serviu.
ENG Review: I was super super curious about this book as soon as i saw it was going to be translated in Portuguese. Due to budge reasons, i ended up reading it in English even though the Portuguese version was published by Editora Clube do Autor. I won’t be holding back because this book was the first literary disappointment of the year. I’ve read so many thrillers and none of them has ever bored me to death like this one. Not even I am Pilgrim by Terry Hayes, which most readers found “boring” and I loved it, having been an ARC reader at the time. I was overcome by fatigue page after page (I told Gustavo every day that I was going to give up) with a cast of characters without salt, boring, clichés after clichés and I couldn’t even like the end because a third of the way through the book I had already “predicted” it ”. The beginning, I admit, excited me (the first 99 pages I think) and it seemed promising and innovative (hell who wanted to be in Fiona’s shoes, who seemed to know nothing and that everything was a conspiracy to destroy her life as she knew it ), until the “slow passing” or the non-advance of the story began (I even consider the so-called fillers or, speaking in good Portuguese, “encher chouriços”). I didn’t even find the concept of shared custody of children that “good”, despite giving a shot that is a very good ideia and concept for parents who effectively manage to do it on behalf of their children. Here in our BibliotecaMil project we are ALWAYS apologists ALWAYS give our honest opinion regardless of whether it is a partnership, offer or not. Honest and unbiased reviews are of utmost importance for an informed community of readers who know where to invest their literary budget. If we all liked White, life wouldn’t be the rainbow we want it to always be ☺ I gave it two stars for the promise that it would be a good book, but unfortunately, for me, it didn’t work.
4 – Em Fuga – C.L Taylor – TopSeller
Sinopse: Quando uma estranha pede uma simples boleia a Jo Blackmore, esta concorda, mas rapidamente se arrepende de o ter feito.
Afinal, a mulher sabe o nome de Jo, conhece o seu marido, Max, e tem em seu poder uma luva que pertence a Elise, a filha de 2 anos de Jo.
O que começa por ser uma ténue ameaça de uma desconhecida, rapidamente se transforma num pesadelo, quando a polícia, os serviços sociais e até o próprio marido começam a duvidar das capacidades mentais de Jo.
Ninguém parece acreditar que Elise esteja em perigo, e a mulher estranha começa a apertar o cerco. Nesse momento, Jo sabe que só existe uma forma de manter a filha a salvo…
Opinião: Que livraço! Meu Deus! Peguei nele no inicio de um sábado e terminei ao final do dia. Este é daqueles que não se consegue parar de ler, mesmo que se tenha a roupa toda para passar! É emocionante do principio ao fim, sendo que aborda temáticas tão importantes como dolorosas de saúde mental, de violência doméstica e de determinação para colocar o bem estar infantil em primeiro lugar mesmo que assim não pareça. Entre passado e presente, a narrativa leva-nos a viver a vida de Jo, que se vê traída pelos que mais ama e abençoada por estranhos. Perseguida, vivendo uma vida de mentira, o único desejo da mesma é segurança e bem estar da filha Elise, que com 2 anos se vê arrastada para uma vida de fuga, de si mesma e de quem lhe quer apenas o mal. Não aborrece, não tem momentos “parados” e narrativa conduz-nos para um final lindo, surpreende e de superação e aceitação. Onde o perdão ganha outro nível. Comprei ano passado numa promoção de 50% do Continente apenas pela sinopse e não podia estar mais feliz. Quero ler mais da autora sem dúvida alguma. Dei cinco estrelinhas.
5 – A Vingança Serve-se Quente – M.J. Arlidge – TopSeller
Sinopse: SEIS INCÊNDIOS EM VINTE E QUATRO HORAS,
DOIS MORTOS E VÁRIOS FERIDOS…
Na calada da noite, três violentos incêndios iluminam os céus da cidade. Para a detetive Helen Grace, as chamas anunciam algo mais do que uma coincidência trágica — este cenário infernal de morte e destruição revela uma ameaça nunca antes vivenciada.
No decurso da investigação, descobre-se que aquele que procuram não é apenas um incendiário em busca de emoções fortes — os atos criminosos denunciam um assassino meticuloso e calculista. Alguém que pretende reduzir as suas vítimas a cinzas…
Uma nuvem negra de medo e desconfiança estende-se sobre a cidade, à espera da faísca que provocará a próxima tragédia. Conseguirá Helen descobrir a tempo quem será a próxima vítima?
Opinião: Mais um livro comprado em promoção pela sinopse e uma estreia em leituras deste autor. E que estreia! É o quarto livro da Saga Helen Grace, uma detetive carismática e com uma personalidade suis generis (não vou dar spoiler, MAS é uma avariada da cabeça) e apesar de claramente a leitura dos três anteriores seja muito importante para a construção das personagens como elas são neste livro, eu li sem qualquer problema de interpretação e conhecimento,podendo então ler-se a “solo”. Com um caso sólido de um pirómano à solta, que não se coíbe em assassinar cruelmente quem fica debaixo dos incêndios que ateia, a narrativa leva-nos pela investigação dos casos mas também pelo desenvolvimento das personagens principais desta série. Gostei muito da Charlie, mesmo a Grace tendo sido a personagem com mais foco e foi outro livro que li quase sem paragens, porque o final é surpreendentemente bom e sem pontas soltas no que compete ao assassino pirómano. Quero ler os livros anteriores e posteriores porque fiquei bastante satisfeita com este thriller, com as personagens e com a forma como o autor escreve. Dei quatro estrelinhas com a premissa que ainda não li o melhor do autor.
Espero que gostem, como eu gostei de ler! Até breve e obrigado a quem ainda nos lê, a quem ainda dá valor a opiniões honestas e isentas.