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Solo Leveling – manhwa Mangá
O primeiro volume da mangá “Solo Leveling” vai ter a sua versão em português pela Editorial Presença que assim abraça um novo desafio (e que desafio, tradução de manhwa não é para todos).
É com alguma surpresa que vejo a Presença a abraçar uma saga deste calibre e género, desengane-se aquele que pensa que se trata de uma simples banda desenhada ao nível dos Comics Marvel ou DC e muito menos será para crianças, assim desejo muita que esta saga seja bem recebida entre nós e que tenhamos a sorte de a ver integralmente publicada em português.

Detalhes
- Categoria Ficção
- Sub-categoria Banda Desenhada
- ISBN 9789722369848
- Nº de Páginas 216
- Data de Lançamento 9/2022
- Dimensões 210 x 148 x 15 mm
- Formato Capa Mole
- Peso 368g
Sinopse
O fenómeno do Webtoon coreano, bestseller mundial, chega finalmente a Portugal.
Um dia aconteceu: apareceram portais desconhecidos a ligar o nosso mundo a uma realidade totalmente extraordinária e alternativa, cheia de monstros e seres fantásticos… O seu objetivo? Matar humanos.
Era preciso atacar este novo perigo. Assim surgiram os Caçadores, humanos que foram «despertados» e ganharam poderes para enfrentar aquelas criaturas medonhas. Mas, entre estes, há um que se destaca e é conhecido como «o mais fraco de todos os caçadores». O seu nome é Seong Jinu, e a sua sorte está prestes a mudar: a incursão que tem pela frente devia ser fácil, mas torna-se um verdadeiro pesadelo…
Arise!!!
Comecei a ler a versão inglesa deste webtoon quase desde o início da sua publicação on-line em 2018, como apenas mais uma manga que seguia, depressa passou para o topo das minhas preferências e depressa me juntei à turba salivante que aguardava expectante um mês inteiro pela publicação daquelas vinhetas mágicas, foram 179 longos capítulos que culminaram no final de 2021 com o desejo de deitar as mãos a exemplares físicos levando-me a criar uma wishlist na Amazon e comentar com alguns amigos que seria super interessante que a saga fosse transformada em Anime, e eis que chega 2022 e temos um misto de novidades sobre “Solo Leveling”, primeiro que está a ser programada a transição para Anime com lançamento para o próximo ano, depois durante este verão ficamos devastados com a noticia do falecimento do ilustrador do webtoon e eis que para a semana será lançado o primeiro volume da saga em Português.
Não vou dar uma aula sobre webtoon, mangá, comics, animes e afins, mas recordo-vos que as míticas séries Dragon Ball e Naruto começaram como umas vinhetas na Revista Japonesa Shonen Jump e só mais tarde tiveram direito a publicação independente e posterior animação. No entanto é necessário ter presente alguns dos géneros e conceitos das mangas Coreanas e esquecer por completo as matrizes das BDs Europeias e Comics Americanos, caso contrário não vão entender o enredo.
Confesso que o que me fez ficar colado a esta saga foi o aspeto visual e gráfico que me fez recordar a saga “O Mercenário” de Vicente Segrelles e como seriam as vinhetas na época digital.

Na saga acompanhamos o percurso e evolução de Seong Jinu “the Weakest Hunter of all mankind” o mais fraco Hunter classe E num mundo em que do nada surgem portais de onde saem as mais variáveis criaturas e onde existem recursos inimagináveis, onde o MC (main character) tenta sobreviver e juntar dinheiro para salvar a mãe que sofreu de um efeito secundário do aparecimento dos portais e ficou numa espécie de coma.
Ao início parece que estamos a “assistir” ao desenrolar de um qualquer jogo de role playing, mas á medida que a história se vai desenvolvendo começamos a ter um vislumbre sobre outra realidade e das reais forças que influenciam o mundo.

Aconselho vivamente a leitura para todos aqueles que adoram perder-se num bom ambiente gráfico com uma boa história a colar tudo, é de notar que este weebton tornado Mangá é baseado numa light novel, que aqui serve de guião quase ao estilo cinéfilo.
Confesso que estou super hyped pelo Anime e por todo o Fandom que isso ainda trará mais.
Aguardo um exemplar da Presença para poder fazer a review à tradução e poder reler agora na minha lingua materna uma das minhas Mangás coreanas favoritas.
“Be Conquistadores”
Parafraseando um dos maiores conselhos que os Moonspell receberam do seu grande influenciador, Quorthon, serve de tiro de partida para este artigo de opinião sobre o livro de Ricardo S. Amorim, “Lobos que foram Homens – A História dos Moonspell” publicado pela Saída de Emergência.
Mais que “A História dos Moonspell” este livro serve também como guia pela cena do Underground Nacional na década 80/90 e principalmente serve como fio condutor pela realidade internacional, não é por acaso que os Moonspell são a banda Portuguesa mais internacional, aliás, ainda hoje, são mais reconhecidos e respeitados fora das nossas fronteiras do que neste nosso cantinho à beira mar plantado, apenas porque são “metaleiros”.
Por razões várias, apenas em 1998, após ouvir no programa de rádio Hipertensão na Antena 3 e já tendo eu algumas poupanças, consegui adquirir o álbum Sin/Pecado, um dos primeiros CDs que adquiri na minha vida, já os conhecia de musicas soltas dos álbuns anteriores e para mal dos meus pecados, ainda não consegui juntar mais nenhum dos álbuns à minha coleção, apesar de ter já ouvido vários nos meios digitais.

Mas voltando ao livro, que encontrei por acaso na edição de 2022 da Festa do Livro em Belém, apresenta-se estruturado quase em modo de crónica com um pouco de diário de bordo, onde o narrador vai desvendando detalhes sobre o surgimento dos Moonspell e as várias facetas que tiveram, de uma forma arrebatadora que nos prende à leitura e nos deixa ávidos por querer saber mais, pelo meio ficamos a conhecer melhor cada membro e ex-membro deste ex-Libris da Cultura Nacional, inclusive foram pessoalmente elogiados pelo Nobel da Literatura José Saramago em 2003, pelas agruras que passaram, alguns dos grandes sucessos individuais dos seus membros, recheado com episódios ilustrativos dos processos de gravação e do clima das tournées.
Regressando ao titulo deste artigo, que espelha bem a garra e o espírito destes nossos conterrâneos, que nunca se deixaram abater nem desviar dos seus objetivos, por vezes batalhando a pulso contra os dogmas instituídos, não se deixando cair nas ratoeiras do sucesso fácil, arriscando como qualquer banda rock de renome internacional em experimentações sonoras e temáticas, não se conformando numa qualquer “etiqueta” que lhes quisessem impor, nem se fixando a um estilo globalizante, o seu estilo é “Moonspell” e se for preciso arregaçar as mangas e ir tratar da sua divulgação, acreditem que dariam grandes lições a muito expert em marketing.
Aconselho vivamente a leitura, quer seja ou não apreciador da banda, de uma escrita direta e crua, sem paninhos quentes ou subterfúgios, cada capitulo bem construído e podendo ser lido quase como um artigo isolado, é um livro que agarra mas que pode bem ser lido capitulo a capitulo no final do dia, de realçar os anexos onde se encontram algumas pérolas.
É uma obra que enaltece o trabalho dos Moonspell mas que também faz o leitor vibrar com as pequenas aventuras relatadas, enquanto provoca uma reflexão na trágica posição da Sociedade Portuguesa de que o que se faz lá fora é que é bom e que dentro de portas nada presta, mas tal como o próprio Fernando Ribeiro comenta no livro acerca de quando tocaram para o Nobel da Literatura:
“Mas também há outras definições para o sucesso, e esta é a dos Moonspell, e muitas pessoas não vêm isso porque tudo se esgota na grande voragem do tempo, dos likes e das partilhas, as pessoas não se lembram de nada.”
Chancela: Saida de Emergência
Data 1ª Edição: 02/03/2018
ISBN: 9789897731006
Nº de Páginas: 448
Dimensões: [160×230]mm
Encadernação: Capa Mole
Sinopse
Um retrato essencial para compreender o fenómeno Moonspell.
Com mais de vinte e cinco anos de carreira, os Moonspell são a banda portuguesa mais internacional de sempre, e toda a sua história é agora contada pela primeira vez. Mais do que uma simples biografia de banda, Lobos Que Foram Homens é o dissecar de uma carreira feita de riscos e conquistas, e em que se revelam factos até aqui inteiramente desconhecidos do público.
Com depoimentos de todos os seus actuais e antigos elementos, bem como de diversos colaboradores e membros de outras bandas de referência, esta é uma história contada sem filtros, com todos os ossos à mostra. Acedendo ao círculo íntimo dos Moonspell, o autor explora os seus sucessos e tribulações, mas com o foco direccionado para o lado pessoal e humano das suas relações, que nem sempre foram fáceis, tornando Lobos Que Foram Homens num retrato essencial para compreender o fenómeno Moonspell.
[Divulgação] Dizer-nos Adeus – Chiado Books
Dizer-nos Adeus
Sinopse
Esta não é uma história de amor nem de desamor. É a memória de uma história de amor, relembrada e sentida em diferentes alturas. Essa memória sobrevive-lhe, nem sempre igual enquanto passa pelas cinco fases da perda, da separação… e enquanto aprendemos a dizer adeus – um ao outro, ao “nós” que criámos por momentos e a quem fomos nesse instante.
[Opinião] O Vale dos Malmequeres – de M. Lacroix – Chiado Editora
Chegou-nos ao correio esta surpresa por parte da Chiado Editora a quem agradecemos por se terem lembrado de nós, ainda meio incrédulos por termos sido agraciados com esta gentileza tratámos logo de ler a sinopse que nos deixou com curiosidade e vontade de pegar no livro. Por aqui consideramos um romance de história alternativa.
Autor: M. Lacroix
Data de publicação: Maio de 2017
Número de páginas: 436
ISBN: 978-989-774-199-9
Colecção: Viagens na Ficção
Género: Ficção
Sinopse:
Tal como uma árvore sem raízes não vinga, assim uma causa sem líder é inútil. Os jovens dos anos sessenta e princípios dos anos setenta foram obrigados a suportar sacrifícios incomensuráveis numa guerra colonial que os viria a marcar para toda a vida. A união que prevalecia entre eles quando regressaram à pátria, nunca surgiu com força capaz de fazer valer suas aspirações que não eram mais que o reconhecimento do martírio que haviam suportado. Faltou-lhes um líder. Alguém que unisse os elos da corrente tornando-a inconcussa. Alguém que abraçasse todos aqueles que numa desesperação aflitiva deixaram de acreditar na esperança, na vida. Este livro não fala sobre a guerra, antes descreve como teria sido tudo diferente se esse líder tivesse surgido. O romance além de espelhar uma multiplicidade de sentimentos conduz-nos a um mundo de esperança ainda que cientes das desgraças que possam advir.
O sonho necessita de dois ingredientes essenciais: vontade e determinação.
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Infelizmente sabemos pouco sobre o autor que julgamos ser um pseudónimo, tentaremos descobrir um pouco mais sobre o mesmo e descobrir de onde lhe veio a inspiração para esta obra.
Sendo o Gustavo ex-Militar dos tempos modernos mas interessado na História global, a primeira leitura ficou a cargo dele cuja a opinião damos a conhecer.
Opinião:
Com uma grande curiosidade para pegar nesta obra, fiz dela presença na minha mesa de cabeceira para aqueles finais de dia em que estamos cansados mas sem sono e sem paciência para futebois ou novelas.
Apesar de ter um tamanho considerável o livro é de uma leitura ligeira e agradável com um bom tamanho de letra que não cansa a vista, ressalva-se aqui e acolá alguns erros de formatação e parágrafos com espaçamento extra ou desenquadrado.
No inicio acompanhamos um ex-combatente a tentar localizar o grupo dos seus camaradas para realizar um convívio de reencontro passadas décadas desde a ultima vez que se viram.
Este grupo irá tornar-se no núcleo duro do enredo, iremos conhecer um pouco de cada membro que retrata milhares de ex-combatentes e como foi o desenrolar das suas vidas até aos nossos dias, o próprio grupo vai tentar unir-se para tentar ajudar todas as famílias da sua geração que de uma forma ou outra sentiram na pele as dificuldades do regresso dos veteranos de guerra.
Ao contrário de muitos livros que falam sobre a guerra do Ultramar e os ex-combatentes focando-se nos horrores vividos e sofridos ou analisando as causas e consequências desse mal este livro desde cedo é diferente no tom e no foco, apesar de não retratar por completo nem dar muito tempo de antena aos tempos da guerra, essa “nuvem” paira por cima dos personagens mas ao contrario do esperado, em vez de ter a carga negativa habitual, é a causa motivadora de todo o esforço e o suporte para o objectivo final, o bem estar da “família” de ex-combatentes, todo o livro se pauta por uma temática positiva, quase utópica, mas de uma forma tão coesa e verosímil que nos dá vontade de ir à procura deste grupo, arregaçar as mangas e ajudá-los nesta tarefa hercúlea.
Há momentos marcantes no livro, quer pelos detalhes deliciosos ou em contraponto pelo impacto que causa quer no leitor quer no próprio desenrolar do enredo.
Em poucas noites despachei a leitura tendo ficado com uma sensação “e se”… posso parecer parcial mas efectivamente a leitura deste livro faz-nos voltar a questionar certos valores que a sociedade tem como adquiridos mas que nos tempos que correm parecem ter sido corrompidos, alterados, perdidos… Fica a ideia de que o quadro que o livro propõe é bastante plausível e concretizavél mas acabando por concordar com a sinopse, falta um líder.
Aconselho vivamente a leitura desta obra e talvez um debate aberto não restrito aos ex-combatentes mas aberto a todos os ex-militares e à sociedade em geral.
Para mais informações sobre o livro podem consultar a página da Editora Chiado aqui onde está disponível quer para encomenda quer em eBook.
Mónica & Gustavo Mil-Homens
2º Aniversário
Boa noite a todos, é verdade aqui neste cantinho sopramos duas velas.
Quem diria que um pequeno hobby iria evoluir e chegar a este patamar.
A todos vós o nosso sincero agradecimento por nos apoiarem e espero que nos continuem a acompanhar por esses livros fora.
Entretanto estamos a estudar algumas alterações ao blog que julgo virem a marcar a diferença. Mantenham-se atentos à nossa página de Facebook pois poderemos solicitar a vossa opinião.
Boa noite a todos e boas leituras
Gustavo e Mónica
P.S. – Não se esqueçam do passatempo a valer um livro até dia 15.
[Opinião] A Alvorada dos Deuses, Filipe Faria – Editorial Presença
Hoje trago-vos o ultimo livro do Filipe Faria autor da saga Crónicas de Allaryia também pela Presença.
Aqueles que Berardo toma por feiticeiros pagãos confessam-se numa encruzilhada, culpando o Deus cristão pelo seu dilema. Segundo eles, o franciscano é precisamente a chave para a sua salvação, embora ele não consiga sequer conceber como.
Porém, essa é a menor das preocupações de Berardo, que se vê constantemente atormentado por visões e pesadelos de uma era antiga… E os seus captores não foram os únicos sobreviventes do Crepúsculo dos Deuses.
[Opinião] Batalha Entre Sistemas – de J. A. Alves – Chiado Editora
Antes de mais o nosso sincero agradecimento ao autor por nos ter permitido deliciar-nos com esta obra.
Numa visita a uma livraria da nossa praça este titulo tinha ficado já debaixo de olho quando alguns dias depois recebemos uma mensagem no Facebook a sugerir-nos precisamente este titulo, acto imediato fomos à procura de mais informações sobre a obra e fizemos a divulgação da mesma aqui.
Autor: J. A. Alves
Data de publicação: Maio de 2015
Número de páginas: 716
ISBN: 978-989-51-3556-1
Colecção: Viagens na Ficção
Género: Ficção
Sinopse:
Naquele momento, a Galáxia estava virada para os acontecimentos que sucediam entre os dois Sistemas estelares vizinhos, separados pelo deslumbramento de uma estrela encarnada e por uma devastadora guerra religiosa que já durava há algumas décadas. Constava-se que os eventos entre Sistema Encarnado e Cloud tiveram o seu génesis no momento da descoberta de um portal infernal, algures na zona de El’Kabur – o lado mais escuro do Universo, por conquistadores cloudeanos a mando dos seus ambiciosos ministros, libertando um exército de criaturas lideradas pelo Sem Corpo, um ser superior cuja maior ambição era conseguir um corpo físico que durasse uma eternidade e assim conseguir reconstruir o seu império, tendo Cloud como um dos seus objectivos.
Governado há tempos idos por uma casta de monges reis, que cultivavam a prática de uma antiquíssima religião pacífica, mas poderosa, que simplesmente denominavam como Disciplina, Encarnado enfrentava os seus próprios problemas. Idris, o atual monge rei, vê-se obrigado a abandonar o Sistema, deixando-o desfragmentado. Ele sabe que terá que sacrificar a esposa e os quatro filhos por um bem maior.
A luta entre a Luz e as Sombras não se fará esperar.
O Autor:
Nascido em Caracas (Venezuela) em 1972, J. A. Alves desde cedo entrou no mundo literário. Sendo um fã incondicional de Star Wars e colecionador de figuras, veículos e merchandising da saga. Foi mesmo com a novelização do filme de George Lucas que, aos 8 anos de idade, apanhou o gosto pela leitura. Para além de desenhar e pintar, também tem como hobbie o cinema, especialmente de ficção científica, fantasia e terror. Já fez parte de um grupo de danças latinas e o seu primeiro romance publicado em 2012, intitula-se La Dueña, Devoradora de Homens.
Página Oficial de Facebook do autor Aqui.
Opinião:
Antes de mais alguns avisos ao leitor incauto, o livro é GRANDE, cerca de 701 páginas de leitura em letra pequena, logo não é um livro para ler de empreitada e com iluminação deficiente, também aconselho a pré-formatar o seu cérebro para lidar com uma eventual tradução abrasileirada de um livro inglês por forma a facilitar a compreensão a acção narrada e saltar pelas diversas gralhas sem se deter na deliciosa leitura e imersão neste universo fantástico.
A narrativa inicia com uma pequena introdução à guerra que opõe os dois sistemas Cloud e Encarnado e salta para uma acção bélica clandestina por parte de uma pequena força Cloudiana. Para lidar com esta nova crise o Conselho de Encarnado reuniu-se mais uma vez sem a presença do seu monarca o Monge Rei Idris, Guardião da Disciplina a velha religião de Encarnado já quase esquecida em que os seus mestres eram capazes de incríveis proezas manipulando a luz.
A acção centra-se em volta da familia do Rei Idris, principalmente dos seus quatro filhos também eles dotados na arte da Disciplina, e dos objectivos do Imperador de Cloud, um ser demoníaco que tomou posse do corpo do antigo lider Cloudiano.
Ao avançar na leitura e sendo eu um fã da saga Star Wars começa a ser notório a inspiração desse Universo nesta obra, a viagem de treino do jovem Luke a Dagobah para o seu treino como Jedi Knight encontra paralelo na viajem do dois irmãos Aiwan e Veyle Jon até Telver, o planeta d’os belos. Há mais elementos que nos lembram o Universo de Star Wars, mas esses ficam para o leitor os descobrir.
Como personagem principais temos a pequena Saphie e a sua irmã Nickness filhas de Idris bem como Sisterool o demoníaco sem corpo.
Adorei a construção e evolução da personagem de Saphie, uma moça inteligente, super techie e mesmo assim muito meiga, fazendo-me lembrar alguém que eu conheço muito bem…
Os avisos que fiz no inicio da opinião são importantes pois de outra forma é complicado apreciar-se devidamente esta obra, carece de uma grande revisão caso venha a ser re-editada pois por vezes a nossa heroína passa de Saphie a Sofia e retorna ao nome original na mesma página, os termos de navegação inter-estelar confundem-se com os termos de navegação marítima bem como as respectivas designações de veículos. É verdade que para o publico nacional o livro é um bocado grande e concedo que talvez tivesse beneficiado surgir dividido em duas partes, no entanto aconselho a leitura e que não se deixem abater e insistam em ultrapassar o primeiro terço do livro pois a acção vai-se desenvolvendo num crescendo e termina num confronto em três frentes diferentes das duas forças opositoras com desfechos curiosos e sui generis, deixando no ar muito pano para mangas.
Dei quatro estrelas no Goodreads sendo que meia é uma aposta no futuro.
Fiquei curioso de que forma o autor irá resolver alguns “problemas” e que outras facções poderam surgir no futuro.
Para mais informações sobre a obra podem consultar o site da Chiado Editora.
Gustavo Mil-Homens
Opinião: The Hungry City Chronicles – Editorial Presença
Desta feita trago-vos uma saga do autor Philip Reeve, da qual ainda só foram publicados os 3 primeiros livros pela Editorial Presença.
Esta saga não tem nome em Português daí o titulo em Inglês deste post.
O Ouro do Predador é a sequência do primeiro volume, uma história decorrida num mundo apocalíptico em que os humanos são forçados a viver em metrópoles perpetuamente em movimento, protegidas das radiações no exterior. Isso não impede todavia que se guerreiem constantemente, como verdadeiros predadores em relação umas às outras, num sistema designado por Darwinismo Social. Neste segundo livro, reencontramos os jovens Tom e Hester que, após dois anos de despreocupadas deambulações, se encontram de novo confrontados com tenebrosos perigos. Um épico imaginativo e empolgante, que certamente não decepcionará os que leram Os Engenhos Mortíferos e vibraram com o poder da imaginação do seu criador.
Opinião – “A Saga de Alex 9”, Saída de Emergência
Dois planetas em diferentes etapas de desenvolvimento. Duas guerras que podem levar ao extermínio. Uma profecia desconhecida. Qual será o papel de Alex 9?
Estamos no século XXII. Alex 9 é uma órfã adotada por uma poderosa corporação e treinada para ser a mais temível arma de combate que já existiu. Envolvida numa missão da qual desconhece os contornos, é lançada para os confins do espaço e só acorda duzentos anos depois na Terra. Mas não é a nossa Terra. Este novo planeta em tudo semelhante ao nosso vive numa Idade Média onde impérios se enfrentam em sangrentas batalhas. E a chegada de Alex 9 veio baralhar tudo pois cumpre uma antiga profecia. Atacada por forças misteriosas que procuram destruí-la, a jovem também encontra aliados inesperados e, quem sabe, algo que sempre julgou não estar destinado a si. Numa saga repleta de perigos, para sobreviver Alex 9 terá de desvendar os mistérios que levaram dois mundos distantes no espaço e no tempo a embrenharem-se em guerras sangrentas. E com armas magnéticas, espadas japonesas, batalhas de naves e cargas de cavalaria a concorrerem entre si, só uma mulher como Alex 9 tem hipóteses de o fazer. Mas qual será o preço?
Na minha opinião devem enquadrar o universo do livro como uma mistura de James Bond meet Van Helsing mas sem os monstros e vampirada.
Em a Saga de Alex 9 conhecemos a Tenente-Coronel Alex 9, da 3ª Unidade de Comandos de Elite, Secção Alfa, do Departamento de Operações Especiais da Takahashi-McNamara, elemento de um exercito corporativo numa era em que a exploração e colonização espacial vai de vento em popa comandada por diversas empresas que se foram fundindo em algumas corporações levando a que os governos já não tenham grande força ou identidade não passando de meros departamentos burocráticos onde se registam patentes e pretensões.
Orfã, Alex 9 foi cuidada, educada e treinada desde pequena pela Takahashi-McNamara, tendo-se tornado no melhor elemento dos Comandos de Elite a quem confiavam as missões mais difíceis, é no meio de uma dessas missões em pleno inicio da Guerra Corporativa que a vamos encontrar já em plena fuga munida de diversos “gadgets” que fariam inveja de qualquer 007. É durante a fuga que algo corre mal e Alex 9 acorda 200 anos depois à deriva no espaço… Ao tentar saber a sua localização depara-se com um curioso sistema solar em tudo semelhante ao nosso, mas não é o nosso e ao verificar o 3º planeta a contar do “Sol” descobre um mundo semelhante ao seu mas de estrutura medieval…
Paralelamente acompanhamos a missão do mestre de Alex 9, Pierre Bach, um antigo operacional e especialista em artes marciais, no seguimento da fuga desta de Marte e nos esforços para a encontrar e ajudar na nova missão.
Achei interessante esta dualidade em que durante dois terços da narrativa acompanhamos em paralelo as acções de Alex 9 e de Pierre Bach, mas em tempos diferentes, no entanto estas acções são complementares e vão sugerindo muitos porquês até uma magistral fusão de ambas as linhas de uma forma maravilhosa.
O final não desilude mas deixa muita àgua na boca para eventuais continuidades. Recomendo vivamente, mas nunca é de mais reforçar que é para ler doseadamente.
Alerto para a confusão inicial na leitura em identificar os tempos e lugares a que os parágrafos se referem, quer a diferença da linha temporal de Alex 9 e de Pierre Bach, quer acções paralelas de outras personagens importantes no reino de Brodom.
Dei 4 estrelas no Goodreads tendo em especial atenção que se trata de um Omnibus português e como tal já merece destaque, uma boa qualidade de impressão e excelente grafismo bem como os diversos mapas que ilustram algumas das importantes batalhas da acção.
Para mais informações e ler um excerto do livro podem consultar o site da Editora Saída de Emergência.
Opinião – O Marciano, Andy Weir – Editora Topseller
Sinopse
Uma Missão a Marte. Um acidente aparatoso. A luta de um homem pela sobrevivência.
Há exatamente seis dias, o astronauta Mark Watney tornou-se uma das primeiras pessoas a caminhar em Marte. Agora, ele tem a certeza de que vai ser a primeira pessoa a morrer ali.
Depois de uma tempestade de areia ter obrigado a sua tripulação a evacuar o planeta, e de esta o ter deixado para trás por julgá-lo morto, Mark encontra-se preso em Marte, completamente sozinho, sem perspetivas de conseguir comunicar com a Terra para dizer que está vivo.
E mesmo que o conseguisse fazer, os seus mantimentos esgotar-se-iam muito antes de uma equipa de salvamento o encontrar.
De qualquer modo, Mark não terá tempo para morrer de fome. A maquinaria danificada, o meio ambiente implacável e o simples «erro humano» irão, muito provavelmente, matá-lo primeiro.
Apoiando-se nas suas enormes capacidades técnicas, no domínio da engenharia e na determinada recusa em desistir, e num surpreendente sentido de humor a que vai buscar a força para sobreviver, ele embarca numa missão obstinada para se manter vivo. Será que a sua mestria vai ser suficiente para superar todas as adversidades impossíveis que se erguem contra si?
Fundamentado com referências científicas atualizadas e impulsionado por uma trama engenhosa e brilhante que agarra o leitor desde a primeira à última página, O Marciano é um romance verdadeiramente notável, que se lê como uma história de sobrevivência da vida real.
Opinião
Com uma capa simples e directa este livro apresenta-se ao leitor sem qualquer presunção apenas com um teaser frontal… “Estou preso em Marte. Não consigo comunicar com a Terra. E todos julgam que morri.” que nos deixa logo curiosos e nos faz questionar, Como?
Numa época em que a exploração espacial saiu um pouco das noticias actuais mas cujos projectos continuam a decorrer com prazos enormes, por vezes com várias décadas desde a planificação ao lançamento, surge esta narrativa que paralelamente à acção principal nos vem dar um vislumbre das implicações de uma viagem espacial bem como as dificuldades de uma missão de socorro.
A narrativa começa em modo diário, onde conhecemos Mark Watney numa situação complicada, ficou encalhado em Marte e ninguém sabe que sobreviveu à tempestade. Ao longo do livro vamos acompanhando Mark (astronauta, engenheiro mecânico, biólogo) na sua luta pela sobrevivência num estilo que nos faz lembrar as engenhocas do MacGyver mas num ambiente completamente hostil, onde quase por milagre o nosso herói aprende com os erros.
O livro apresenta-se de tal forma coerente e plausível que não me admiraria muito que visse a ser utilizado como inspiração nas futuras missões tripuladas a Marte (ou a qualquer outro planeta), pois mostra quase tudo o que pode correr mal e quão impotentes são as equipes do controle de missão, aliás veja-se o caso da Apolo 13 em que foi uma luta contra o tempo e graças aos esforços de uma equipe em terra, que recorreu a outra cápsula igual ligada a um simulador, que tudo fizeram para encontrar a solução com os meios disponíveis a bordo.
De uma leitura viciante, agarra-nos deste a primeira página até à ultima letra, facilmente nos colamos à personagem principal, dona de um humor sui generis, sofremos com ele ansiamos pelo momento seguinte e ao chegar ao final ficamos a salivar e a questionar-mo-nos, e depois?
Adorei a parte geopolítica presente na tentativa de salvamento, todas as agências Espaciais se uniram com um fim e deixaram as questões politicas para serem debatidas depois.
Julgo que seria um bom titulo a ser adoptado nos programas escolares não só para línguas mas também para as ciências.
Este é um daqueles livros aos quais dou 5 estrelas, pois praticamente não encontro nada de negativo a apontar. Recomendo vivamente e aviso que vão achar que soube a pouco.
Para mais informações e um preview do livro consultem o site da Editora Topseller.