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Opiniões Maio 2023 (PT/ENG)

If You Tell – A True Story Of Murder, Family Secrets, And The Unbreakable Bond Of Sisterhood – Gregg Olsen (Digital,Kobo)

Sinopse: Ainda hoje, passados tantos anos, as irmãs Nikki, Sami e Tori Knotek sobressaltam-se com facilidade. Basta um barulho (como o desenrolar brusco de uma fita adesiva) ou um cheiro (como o da lixívia), para que revivam memórias do mais absoluto terror.
E nesses momentos, mesmo na segurança das suas casas, sem querer regressam ao passado, à infância. Durante anos, e sem que ninguém soubesse, foram sujeitas a abusos inimagináveis por parte da mãe. As humilhações, a degradação e a tortura que sofreram criou entre as irmãs (filhas de pais diferentes) um elo que ficou para a vida. E que lhes permitiu não só sobreviver, como libertarem-se do jugo materno. Hoje estão vivas, casadas, felizes. E contaram a sua história ao escritor Gregg Olsen.
Não Contes a Ninguém é um relato extremamente bem documentado sobre o que se passou naquela casa. Lê-se como um perverso thriller, mais assustador ainda por sabermos que tudo aquilo aconteceu. Narrativa de cortar a respiração, que nos revela o mal em estado puro, conta-nos ainda outra história: de resistência, de amor, de laços forjados nas mais terríveis circunstâncias.
As irmãs, agora adultas, criaram as suas famílias, tiveram filhos e dão-lhes o amor e o carinho que nunca conheceram em crianças.
Saiu em Portugal pela Editora Lua de Papel, Grupo Leya em maio de 2022.

Opinião PT: Até à data, e na minha vida adulta, me custou tanto a nível psicológico a leitura de algo. Não porque seja mau, mas porque é demasiado bom. Demasiado em tudo. Violento, cru, surreal, até que ponto a maldade humana vai? Até que ponto acreditamos que este livro não é ficção (porque não é, é um caso real) que tudo isto aconteceu tal e qual como é narrado? Não há muito a contar, este livro não é para todos e nem tão pouco para pessoas sensíveis. Mas ensina-nos a força e resiliência que muitas pessoas nem sequer sabem que têm, a força e poder que une quem passa pelo inferno e volta e acima de tudo que mesmo quando pensamos que está tudo perdido ainda podemos ser salvos pelo amor. Se quiserem mais informações deste caso após a leitura do livro (porque obviamente terá spoilers), recomendo um Podcast no Youtube chamado “this is MONSTERS” e o vídeo sobre os Knotek. Quanto à qualidade da escrita, da narrativa, está simplesmente genial e tenho apenas que deixar e reforçar o alerta que este livro, este caso, não é para todos os leitores, e recomendo apenas a quem consiga lidar com violência (gráfica e detalhada). O autor está de parabéns, e aplaudo a coragem que teve em contar esta trágica e injusta história das irmãs Knotek.

English : To this date, and in my adult life, reading something has cost me so much psychologically. Not because it’s bad, but because it’s too good. Too much at all. Violent, raw, surreal, how far does human evil go? To what extent do we believe that this book is not fiction (because it is not, it is a real case) that all this happened just as it is narrated? There is not much to tell, this book is not for everyone and not even for sensitive people. But it teaches us the strength and resilience that many people don’t even know they have, the strength and power that unites those who go through hell and back and above all that even when we think everything is lost we can still be saved by love. If you want more information about this case after reading the book (because it will obviously have spoilers), I recommend a Podcast on Youtube called “this is MONSTERS” and the video about the Knotek. As for the quality of the writing, the narrative, it’s simply brilliant and I just have to reinforce the warning that this book, this case, is not for all readers, and I recommend it only to those who can deal with violence (graphic and detailed). The author is to be congratulated, and I applaud his courage in telling this tragic and unfair story of the Knotek sisters.

Maresia e Fortuna – Andreia Ferreira – Devaneios Editora

Sinopse: O que é o verdadeiro amor?
Para Eduardo, de 17 anos, é a mãe e o irmão mais velho, Simão. Este, porém, tem um segredo que o empurra para a bebida e Eduardo receia que o seu irmão se suicide, tal como o pai de ambos o fizera, dez anos antes.
Júlia acredita que passou ao lado de um grande amor. Em busca da verdade que mudará a sua vida, regressa à vila de Apúlia para reconstruir um passado de que não se consegue recordar.
O caminho desta mulher perturbada está prestes a cruzar-se com o de Eduardo, trazendo à tona segredos, paixões agressivas e remorsos intemporais, com consequências devastadoras sobre a vida da outrora pacata vila piscatória.
Uma alegoria moderna de um clássico, onde os humanos se destroem sem precisarem de intervenção divina.

Leitura conjunta com a vidadediana e livroolicafalida

Podem e DEVEM adquirir esta obra na @Devaneios, sendo que recomendo vivamente!

Opinião: Durante muitos anos quis ter a oportunidade de ler esta obra da querida Andreia Ferreira e este ano finalmente consegui com esta maravilhosa reedição (que capa tão linda!). E estou um bocado sem saber o que dizer sem spoilers até porque li o livro em uma noite, quase sem paragens e não poderia estar mais feliz por tão bem se escrever em Portugal. Tão bem. Tenho inúmeras anotações que fui fazendo durante a leitura mas pontos chave e fundamentais são o impacto da saúde mental na vida de cada um e de quem os rodeia, o que os vícios e as amarguras da vida nos fazem e nos condicionam e que as consequências e efeitos dos nossos atos podem sempre vir “morder-nos os calcanhares” seja em que altura da vida for. É um livro cheio de emoção, de amor genuíno, de medos e receios, de amizades e abuso de confiança, de tragédia e infortúnio. Júlia, Eduardo e Simão são personagens cheias de empatia para quem lê, bem pensadas e construídas, a narrativa flui sem paragens, deixando-nos quase embriagados para saber mais e mais até o final. E que final! Um dos meus favoritos de Maio de 2023 sem dúvida e só posso pedir-vos que por favor leiam. E apoiem o que é nosso! Apoiem os autores nacionais!

The Housemaid – Freida McFadden (Digital,Kobo) / A Criada – Alma dos Livros

Sinopse: Por trás de cada porta, ela consegue ver tudo.

«Bem-vinda à família», diz Nina Winchester enquanto me cumprimenta com a sua mão elegante e bem cuidada. Sorrio educadamente e olho para o longo corredor de mármore.
Este emprego caiu-me do céu. Talvez seja a minha última oportunidade para mudar de vida. E o melhor de tudo é que aqui ninguém sabe nada acerca do meu passado. Posso esconder-me e fingir ser aquilo que eu quiser. Infelizmente, não tardo a descobrir que os segredos dos Winchester são muito mais perigosos do que os meus…
«A Criada de Freida McFadden é uma daquelas obras fantásticas que, nos próximos anos, vou elogiar e recomendar a qualquer pessoa que queira ler um thriller incrível. É, claramente, um dos melhores livros do ano!» Goodreads
Todos os dias limpo a bela casa dos Winchester de cima a baixo, vou buscar a filha deles à escola e cozinho uma deliciosa refeição para toda a família antes de subir e comer sozinha no meu quarto minúsculo no sótão.
Tento ignorar a forma como Nina gera o caos só para me ver limpar. Como conta histórias inverosímeis sobre a filha. E como o seu marido, Andrew, parece cada dia mais destroçado. Quando o vejo, e àqueles belos olhos castanhos tão tristes, é difícil não me imaginar no lugar de Nina. Com o marido perfeito, a roupa chique, o carro de luxo. Um dia, experimentei um dos seus vestidos só para ver como me ficava. Mas ela percebeu… e foi aí que descobri porque é que a porta do meu quarto só trancava pelo lado de fora…
MILLIE SAIU RECENTEMENTE DA PRISÃO E TEM DE MENTIR PARA CONSEGUIR EMPREGO COMO CRIADA NA CASA DE UMA DAS FAMÍLIAS MAIS RICAS DE NOVA IORQUE. FICA ENTUSIASMADÍSSIMA AO SER CONTRATADA, MAS RAPIDAMENTE SE ARREPENDE DE ESTAR ALI.
NOMEADO MELHOR THRILLER NOS GOODREADS CHOICE AWARDS

Opinião PT: Não sou de ler livros pelo “hype” gerado em torno deles, nem tão pouco pela campanha de marketing. Por norma isso afasta-me na hora e só leio quando já toda a gente leu. Mas este, assim que recebi o Kobo e-reader foi dos primeiros a arranjar. E porquê? Porque cá dentro sentia que me ia deixar completamente rendida. Estreia absoluta com esta autora, Freida McFadden, é realmente uma mestre a prender o leitor, é eximia na criação de personagens cativantes, enigmáticas e a trocar as voltas à narrativa de forma a nunca sabermos durante a leitura como efetivamente vai terminar. E acreditem em mim, a sinopse não mente, mas não revela nada do que nos espera. Eu só consegui parar de ler quando descobri toda a história em torno de Millie e como é que ela se colocou na posição em que colocou, tendo em conta o que vamos tendo conhecimento página a página. É novamente difícil opinar sem revelar mais do que se deve tendo em conta a sinopse que é dada, mas digo-vos que para quem gosta de Thrillers Psicológicos é sem duvida um livro para ler, degustar e acima de tudo congratular a autora por nos trazer um livro tão enigmático e cheio de ação.

English Review: I usually don’t read books with lots of “hype” generated around them, nor for the marketing campaign. Often drives me off at the time and I only read it when everyone else has read it. But this one, as soon as I received the Kobo e-reader, was one of the first to get it on. And why? Because deep down inside i felt that i was going to surrender completely. Absolute debut with this author/writer, Freida McFadden, is really a master at capturing the reader’s attention, she excels in creating captivating, enigmatic characters and turn of events of the narrative in such a way that we never know during the reading how it will actually end. And believe me, the synopsis doesn’t lie, but it doesn’t reveal anything about what awaits us. I could only stop reading when I discovered the whole story surrounding Millie and how she got into the position she did, always paying attention on what we learn page by page. It is again difficult to give an opinion without revealing more than what i should because the synopsis reveals a lot, but I tell you that for those who like Psychological Thrillers, it is without a doubt a book to read, enjoy and, above all, congratulate the author for bringing us such an enigmatic and full of action book.

Esta leitura foi feita em inglês em formato digital, mas já existe em Português pela Alma dos Livros por isso, aproveitem! Eu recomendo sem dúvida alguma até porque já li o segundo livro e a opinião também vai sair ( e espero que seja também lançado em Português).

The Housemaid´s Secret – Freida McFadden (Digital,Kobo)

Sinopse em inglês: “Don’t go in the guest bedroom.” A shadow falls on Douglas Garrick’s face as he touches the door with his fingertips. “My wife… she’s very ill.” As he continues showing me their incredible penthouse apartment, I have a terrible feeling about the woman behind closed doors. But I can’t risk losing this job—not if I want to keep my darkest secret safe…
It’s hard to find an employer who doesn’t ask too many questions about my past. So I thank my lucky stars that the Garricks miraculously give me a job, cleaning their stunning penthouse with views across the city and preparing fancy meals in their shiny kitchen. I can work here for a while, stay quiet until I get what I want.
It’s almost perfect. But I still haven’t met Mrs Garrick, or seen inside the guest bedroom. I’m sure I hear her crying. I notice spots of blood around the neck of her white nightgowns when I’m doing laundry. And one day I can’t help but knock on the door. When it gently swings open, what I see inside changes everything…
That’s when I make a promise. After all, I’ve done this before. I can protect Mrs Garrick while keeping my own secrets locked up safe.
Douglas Garrick has done wrong. He is going to pay. It’s simply a question of how far I’m willing to go…

Opinião PT: Quando acabei The Housemaid, comecei logo a sequela. E acho que fiz bem, porque tendo ainda bastante presente a história de Millie e o final espantoso que li, deu-me uma perspetiva diferente do que se tivesse lido mais tarde, ou por exemplo tivesse começado por este. Que efetivamente se pode, apesar de ser uma sequela, na realidade podemos ler como standalone sem perder a essência da história. Neste livro continuamos a seguir a vida de Millie, e esta personagem efetivamente coloca-se sempre em situações que nos deixam de coração nas mãos e com vontade de entrar pela narrativa dentro e ajudar. Queremos desesperadamente ajudar Millie e apesar de ter sentido ao ler uma similaridade imensa com o livro anterior, percebemos que é mesmo da escrita da autora Freida McFadden, e é o seu toque único para nos contar esta história e caracterizar estas personagens. Não me prendeu tanto como o primeiro, confesso, talvez porque percebi rapidamente parte do que estava a acontecer e ia acontecendo mas gostei igualmente das reviravoltas dadas e novamente do final. Este final. Não me vou alongar mais porque este livro ainda não saiu em Português (acabou de sair o primeiro) e não quero de todo estragar a experiência a quem só lê em Português. Gostava de voltar a ler mais sobre a Millie mas não sei se existem planos para mais livros baseados nesta personagem. Sei que Freida McFadden é sem dúvida uma rainha dos Thrillers Psicológicos e que quero ler mais das suas obras.

English Review: When I finished The Housemaid, I immediately started the sequel. And I think I did well, because with Millie’s story still in my mind and that amazing ending , it gave me a different perspective than if I had read it later, or for example had started with this one. Which you can effectively, despite being a sequel, you can actually read it as a standalone without losing the essence of the story. In this book we continue to follow Millie’s life, and this character effectively always puts herself in situations that leave us with our hearts in our hands and with the desire to enter the narrative and help. We desperately want to help Millie and despite having felt an immense similarity with the previous book, i realized that it is really the writing of the author Freida McFadden, and it is her unique touch to tell us this story and characterize these characters. It didn’t hold me as much as the first one, I confess, maybe because I quickly understood part of what was happening but I also liked the twists given and again the ending. This ending. I won’t go on any further because this book hasn’t come out in Portuguese yet (the first one just came out) and I don’t want to spoil the experience for anyone who only reads in Portuguese. I would like to read more about Millie again but I don’t know if there are any plans for more books based on this character. I know that Freida McFadden is without a doubt a queen of Psychological Thrillers and that I want to read more of her.

Depois de mim – Emily Bleeker – Saída de Emergência

Sinopse: Querido Luke,
Deixa-me começar por dizer que te amo…
Eu não queria deixar-te…
Luke Richardson regressou a casa depois do funeral de Natalie, a sua amada esposa, pronto para enfrentar a tarefa de criar os seus três filhos sozinho. Mas não está preparado para o que encontra no chão, à sua espera – um envelope azul, com o seu nome escrito por Natalie. A carta, escrita no primeiro dia do tratamento oncológico da mulher, revela ser a primeira de muitas. Luke está convencido de que elas são genuínas, mas quem as deixa na sua caixa do correio?
À medida que a sua obsessão com as cartas cresce, Luke descobre segredos há muito enterrados que o fazem questionar tudo o que sabia sobre a sua mulher e a sua família. E uma escolha impõe-se: conseguirá Luke encontrar forma de viver sem Natalie ou ficará para sempre perdido no passado que as cartas encerram?

Opinião: Antes demais, todas as opiniões dadas desde 2014 por mim e pelo Gustavo são todas muito pessoais. É um hobby, continua a ser um hobby e parte de quem somos como casal e é a nossa forma de exprimir o que sentimos quando lemos algo e o que a experiência nos proporcionou.
Li este livro quando a nossa filhota gatinha Papita morreu de cancro inesperado e fulminante. E sabem uma coisa? Ajudou-me no luto. A beleza como esta narrativa nos é apresentada ajudou-me a contextualizar a dor que sentia e como poderia ir mitigando a mesma. Como poderia ir lidando com ela. Até porque desde Outubro que estou de luto profundo por uma das pessoas mais importantes da minha vida e este livro permite o pensamento critico e racional de como podemos encarar a morte de quem mais amamos de forma diferente e seguir em frente. Por nós e por quem partiu. Não há como não ter uma empatia tremenda por Luke, um pai, amigo, marido enlutado que se sente perdido com a partida infelizmente já esperada da esposa Natalie para a maldita doença ceifadora de vidas dos últimos séculos e que se agarra a tudo o que pode para “sentir” a esposa presente na sua vida. Mas todos sabemos que o problema é mesmo esse, é não conseguir seguir em frente e neste caso isso não pode acontecer, tendo em conta que tem os filhos para criar e apaziguar a sua dor. Sabem aqueles livros bonitos e quentinhos que nos aquecem o coração mas também duros e frontais? É este. E todos os segredos que são desvendados tornam tudo ainda mais bonito e cativante de se ler. Foi uma estreia com esta autora, Emily Bleeker, e não poderia ter tido uma melhor experiência na altura certa da minha vida.

Sei Onde Estás – Teresa Driscoll – Editorial Presença

Sinopse: Uma rapariga desaparecida. Uma testemunha atormentada. Uma teia de mentiras.
Mas alguém está a ver… tudo.

Quando Ella Longfield vê dois jovens meterem conversa com duas adolescentes num comboio a caminho de Londres, não liga à cena – até perceber que aqueles rapazes acabaram de sair da prisão. Então, o instinto protetor de Ella fica em alerta máximo. Mas assim que decide pedir ajuda, algo a faz parar. No dia seguinte, acorda com uma notícia brutal. Anna Ballard, uma das raparigas do comboio, está desaparecida.

Um ano depois, ainda ninguém sabe onde está Anna. Ella está desfeita pela culpa que sente. Devia ter feito alguma coisa para ajudar – podia ter evitado tudo aquilo? E não é a única a não conseguir esquecer o que se passou. Alguém lhe está a enviar cartas ameaçadoras, que a fazem temer pela sua vida.

Mas é então que o apelo que assinala um ano sobre o desaparecimento de Anna revela que a família e os amigos podem estar a esconder algo. Sarah, a melhor amiga de Anna, não disse toda a verdade sobre o que realmente se passou naquela noite – e os pais dela têm segredos por revelar.

Alguém sabe onde Anna está. Alguém sabe e não o diz a Ella. Mas está a vigiá-la.

Opinião: Mais uma estreia de leitura de uma autora que desconhecia e que me cativou do inicio ao fim. Já devem ter entendido por esta altura que adoro um bom Thriller psicológico e que quanto mais mistério e reviravoltas nos dá melhor. Este também foi daqueles que enquanto não acabei de ler não descansei porque só mesmo a chegar ao fim é que se percebe realmente toda a estória criada em torno do desaparecimento abrupto de Anna e os contornos menos bonitos do mesmo. Ella é uma personagem que nos acompanha a narrativa praticamente toda e que faz a ligação entre personagens e os segredos que guardam. Sente-se culpada porque acha que deveria ter feito mais por Anna, que deveria ter agido, no entanto ela própria tem o seu quinhão de problemas a serem resolvidos e os familiares e amigos da pobre rapariga desaparecida sabem bem mais do que aquilo que revelam. Gostei bastante, lê-se muito muito bem, leitura rápida e fluída, está sempre a ser revelado algum detalhe importante e o final é bom e coerente mas julgo que poderia ter sido ainda melhor (ou se calhar era a expetativa que eu tinha, dum final ainda mais “chanannnnnnn”).

Desapareceram – Haylen Beck – Editorial Presença

Sinopse: Audra anseia chegar à Califórnia. Finalmente arranjou coragem para fugir do marido que a maltrata, podendo assim proporcionar a si e aos seus dois filhos um novo começo. Juntamente com Sean e Louise, atravessa o país, por estradas secundárias, discretamente e com toda a cautela para não chamar a atenção.

Quando um inquietante xerife a manda parar em pleno deserto do Arizona, Audra faz tudo para se manter calma e esconder o nervosismo. Tem mesmo de o fazer. Mas, ao revistar a carrinha de Audra, o xerife tira da bagageira um saco com marijuana que ela nunca tinha visto e o seu estado de nervos transforma-se em pânico. Ela julga que aconteceu o pior. Mas está enganada. O pior ainda está para vir.

Com um ritmo de tirar o fôlego e de um suspense implacável, Desapareceram… é um thriller perfeito sobre a luta de uma mulher contra o mal inimaginável, para salvar o que há de mais importante na sua vida. Chocante até à última página.

Opinião: Qualquer livro que envolva crianças eu tenho sempre algum cuidado na leitura. O mesmo com animais tendo em conta que sou extremamente sensível a maus tratos a ambos. Não é propriamente de maus tratos no sentido lato dos mesmos que se trata a temática desta obra mas fez-me lembrar um documentário que vi há uns anos sobre algo extremamente similar ao aqui narrado e como nos Estados Unidos da América isto era tão comum. E calhar ainda o é hoje (infelizmente acredito que sim). Uma mãe extremosa com os seus dois filhos foge de um marido abusivo para bem longe… ou assim pensava ela que o iria conseguir fazer, até que é parada numa estrada no meio de nenhures por um xerife que ao revistar a sua viatura encontra um saco com marijuana que Audra nunca viu nada vida. Ora, imaginem o pânico de uma mãe em fuga com os filhos, agora ter que se desenvencilhar desta situação sem saber bem o que está realmente a acontecer. Basta colocarem-se na “posição” dela que sentem o nervoso que dá, a claustrofobia a céu aberto, a ansiedade. Eu adorei este livro do principio ao fim, deixou-me sempre nervosa e inquieta porque apesar de já calcular o rumo que a estória ia tomar fui surpreendida várias vezes e isso é sempre de louvar para alguém como eu que já leu este mundo e o outro de Thrillers psicológicos e/ou Policiais. Também uma estreia com este autor (Stuart Neville) que escreve aqui com o pseudónimo Haylen Beck, correu muito bem e realmente eu tive mesmo muita sorte com todas as leituras de Maio que me enriqueceram bastante a panóplia de autores a seguir e ler mais. Recomendo, de leitura compulsiva!

O Homem que não ligou – Rosie Walsh – Asa/Leya

Sinopse: Imagine que conhece um homem e se apaixona loucamente. E é recíproco. São almas gémeas. E um dia ele desaparece sem deixar rasto.

É o que acontece a Sarah. O seu primeiro encontro com Eddie é acidental mas tão intenso que não voltam a separar-se durante sete dias. São dias mágicos em que partilham tudo e se dão a conhecer sem reservas. Sabem que o que sentem um pelo outro é profundo e verdadeiro. Até que ele parte numa viagem breve. Promete telefonar. Mas não telefona.
Nunca mais.
Passam-se semanas, meses… e a preocupação de Sarah intensifica-se. Não acredita nos amigos, que tentam convencê-la a esquecê-lo. Afinal, dizem, ela não é a primeira pessoa (nem a última) a ser ignorada por um amante. O melhor, garantem, é seguir em frente e não pensar mais no assunto. Mas ela não é capaz. Pois sabe – e sabe, com toda a certeza – que algo de terrível aconteceu.

E um dia descobre que, afinal, tinha razão.

Opinião: Um romance por dia dá saúde e alegria! Neste caso no mês de Maio só li três Romances mas ambos maravilhosos. E este é um deles,que gostei tanto que comprei dois livros iguais. Sim (esqueci-me que já o tinha). E vou oferecer-vos um ainda este mês ☺para celebração do primeiro ano de bookstagram do blog.
Rosie Walsh, inspirada na sua própria vida traz-nos aqui um livro bonito mas tão duro de ler. Eu já me passou a fase da vida de romântica incurável, mas mesmo assim, a forma como está escrito, a forma como as personagens estão descritas, caracterizadas e se cruzam dá um nó no peito, até a mim que já sou um pouco mais “rija” quando leio este tipo de narrativas mais “leves”. E ponho “leves” entre aspas porque acreditem, levamos um murro no estômago de tal maneira que nem sabemos bem de onde veio. É o que dá escrever bem e prender o leitor… quando menos esperamos… o choque. Julgo que temos três fases bem distintas e de leitura mais rápida, que é o que conhecemos da sinopse, depois estamos até mais ou menos um terço do livro em banho-maria,a entender o rumo das história, a contextualizar factos, a sermos empáticos com Sarah a personagem principal que espera e desespera… e depois o choque e o querer ler até ao fim sem parar. Gostei muito, foi diferente, nunca tinha lindo também nada desta autora e fiquei fã sem duvida. Espero que vos tenha convencido porque em breve um de vocês irá receber um exemplar em casa ☺

Ele & Ela / Sometimes i Lie / I Know Who you are – Alice Feeney – (Digital,Kobo)

Sinopse Ele & Ela – Anna Andrews tem finalmente aquilo que sempre desejou, ou quase… Ao fim de muitos anos de trabalho árduo, conseguiu enfim tornar-se apresentadora do noticiário da BBC. Mas, porque o acaso se encarrega muitas vezes de desarranjar os sonhos, Anna vê-se novamente como repórter, a cobrir o assassinato de uma mulher em Blackdown, uma pacata vila inglesa onde ela própria viveu a sua infância e adolescência.
O inspetor-chefe Jack Harper deixou Londres por um motivo, mas nunca pensou que acabaria a trabalhar em Blackdown, e muito menos como principal suspeito do crime que está a investigar e que, de dia para dia, se reveste de contornos cada vez mais sinistros.
Narrado a duas vozes, cada uma com a sua versão da história, Ele & Ela é um thriller psicológico complexo e sombrio, que manterá os leitores na expectativa até à última página. Porque alguém está a mentir.

Sinopse Sometimes i Lie – My name is Amber Reynolds.

There are three things you should know about me:

  1. I’m in a coma
    2.My husband doesn’t love me any more
  2. Sometimes I lie.

Unnerving, twisted and utterly compelling, you won’t be able to put this thriller down. Perfect for fans of Behind Closed Doors, The Girl on the Train and The Woman in the Window.

Sinopse I Know Who you are – The highly anticipated new novel from the international bestselling author of Sometimes I Lie, Alice Feeney’s new novel is her most twisted and nerve-wracking thriller yet. Aimee Sinclair: the actress everyone thinks they know but can’t remember where from. But I know exactly who you are.

I know what you’ve done. And I am watching you. When Aimee comes home and discovers her husband is missing, she doesn’t seem to know what to do or how to act.

The police think she’s hiding something and they’re right, she is – but perhaps not what they thought. Aimee has a secret she’s never shared, and yet, she suspects that someone knows. As she struggles to keep her career and sanity intact, her past comes back to haunt her in ways more dangerous than she could have ever imagined.

I Know Who You Are will leave your heart pounding and your pulse racing. This is the most twisted thriller you’ll read all year.

Opinião PT: Os últimos em falta do mês de Maio para dar opinião são da minha nova autora favorita de Thrillers Psicológicos Alice Feeney. Vou dar uma opinião mais geral dos três livros, sendo que apenas o “Ele & Ela” li em ambos os idiomas (Inglês e Português). Restantes livros da autora não existem traduzidos em português ainda. Bom e que vos posso dizer ? Tal como o “Daisy Darker”, estes três livros são duma mestria absoluta no que se trata a prender até à última linha da narrativa o leitor. São meticulosos, detalhados e com estórias incríveis e surreais de acreditar. Nunca sabemos, suspeitamos apenas, como é que as narrativas acabam mas somos sempre mas sempre surpreendidos de tal forma que já só me falta um dos livros da autora por ler (e já em progresso). Nem sei bem como ainda não temos estes livros traduzidos em Português, porque com tanta coisa que tenho lido e visto a sair em Portugal, estes eram sem dúvida Best Sellers diretos para quem gosta do género. E pelo que vi na Feira do Livro de Lisboa não somos assim tão poucos a gostar de resolver um bom mistério. Fica a dica Porto Editora, tragam o resto de Alice Feeney!

Eng Review: The last ones left for the month of May to review are from my new favorite author of Psychological Thrillers Alice Feeney. I will give a more general opinion of the three books, only “Ele & Ela” I read in both languages ​​(English and Portuguese). The two other books by the same author are not yet translated into Portuguese. Well, what can I tell you? Like “Daisy Darker”, these three books are an absolute mastery when it comes to holding the reader until the last line of the narrative. They are meticulous, detailed and with incredible and surreal stories to believe. We never know, we only suspect, how the narratives end, but we are always surprised in such a way that I only have one of the author’s books to read left (and already in progress). I’m not sure why we still don’t have these books translated into Portuguese, because with so much I’ve read and seen coming out in Portugal, these were undoubtedly Best Sellers for those who like the genre. And from what I saw at the Lisbon Book Fair, there are not so few of us who enjoy solving a good mystery. Here’s the tip Porto Editora, bring the rest of Alice Feeney!

Tive um Maio MARAVILHOSO de leituras!

Opiniões Abril 2023

Quero Morrer, mas Também Quero Comer Tteokbokki – de Baek Sehee – Editora Guerra & Paz

Foi uma prenda de Páscoa mais que adequada, não com sabor a chocolate mas pode voltar a fazer-me ver a vida doce e bonita. Este livrinho é mais que um livro de autoajuda diferente. Aprendi mais sobre mim a ler a conversa desta paciente com a sua psiquiatra do que com a minha psiquiatra onde passei anos a ter sessões para só andar drogada e não resolver o que ainda me faz mal. A personagem principal e paciente sou eu, podia ser eu, parece que me estava a ler num diário e foi impossível não fazer uma enorme introspeção com esta leitura. Vou reler sem dúvida porque me ajudou mais do que alguma vez na vida me ajudaram e é um livro maravilhoso para quem sofre de depressão e ansiedade. Recomendo a sua leitura as vezes que forem necessárias até se sentirem melhores. E sim este livro é “apenas” a conversa duma paciente e a sua psiquiatra.
Quem nunca teve consultas de psiquiatria (ou não é psiquiatra) nem devia comentar a abordagem da psiquiatra porque claramente não sabem do que falam e mostram ignorância perante quem sofre desta doença TODOS OS DIAS e só queria ser ajudado. Ler este livro não faz ninguém entendido em saúde mental nem em literatura deste género. Opiniões são como os olhos cada um tem os seus mas um pouco de cuidado e sabedoria não fazia mal a ninguém. Trigger é ler Opiniões a relativizar e “falar mal” da abordagem desta psiquiatra à sua paciente. Deviam ter apanhado o que eu apanhei e iam ver o que era mau. Como “influencers” deviam ter mais cuidado sobre aquilo que falam ainda para mais quando vos cedem exemplares. Senão sabem ESTUDEM os assuntos antes de despejar informação nociva e pejorativa. Uma coisa é pensarem que iam ler uma coisa e afinal o livro é outra. Outra coisa é falarem daquilo que não sabem. Maturidade precisa-se. Para ontem. Obrigado.

Periferia – Catarina Costa – Editora Guerra & Paz

Como fã acérrima de Distopias não podia deixar passar esta sugestão que me apareceu no Goodreads, ainda para mais autora nacional. Não me desiludiu. Diferente do que já li anteriormente, tanto pela forma como o “Mundo” nos é apresentado pela autora, tanto pela forma como a mesma faz a narração do que vê, sente, quase palpável para quem lê, é uma também enorme lição de perseverança, de mais uma vez sentirmos “e se?” de termos tanta coisa por garantida quando a realidade podia e ainda pode ser tão diferente. Com o que passámos durante a Pandemia de Covid 19, deveríamos efetivamente ter ficado mais alertas que o mesmo poderá suceder-se com outras doenças ou ditadores loucos a qualquer momento, e que um dia poderemos mesmo ter uma “Periferia” a procurar e não conseguimos encontrar. Onde as desigualdades sociais vão ser ainda mais horríveis e cruéis. Vamos estar presos ao que nos mandam fazer, ao que nos impelem a acreditar. Por isso é que devemos viver um dia de cada vez como se fosse o último. Obrigado Catarina Costa pela leitura maravilhosa que me proporcionaste. Recomendo, lê-se rapidamente (apesar do inicio ser um pouco mais lento) e mais uma vez a qualidade dos autores nacionais é surpreendente.

Deste Silêncio em Mim – Rui Conceição Silva – Visgarolho

Eu nem sei bem por onde começar a escrever. Ou o que escrever. É uma leitura tão linda, tão meiga e tão dura ao mesmo tempo, tão terra a terra, tão tudo. Rodrigo o protagonista leva-nos numa maravilhosa narrativa da sua vida desde tenra idade, e ambicionando muito mais do que ser pastor numa Montanha isolada de tudo (tempos em que estudar era um luxo e desde tenra idade o destino era trabalhar para sobreviver) segue o caminho que passo a passo lhe vai sendo indicado tanto pelo avô , um sábio senhor conhecido como o Celtibero como por um misteriosos homem que encontrou na montanha a tocar um tambor de forma diferente. Como todas as crianças, cria laços na escola primária com um grupo de rapazes e vive aventuras mágicas e conhece uma rapariga que o encanta como mais nenhuma. Com apontamentos místicos e de seres ancestrais, de vida após a morte, da morte em si e da tragédia que o Ultramar trouxe a tantas famílias, sendo que Rodrigo perde o irmão mais velho para essa guerra (o meu pai e o meu tio dos quais sou cuidadora são ambos ex combatentes e voltaram vivos mas com histórias horríveis para contar e outras tantas que guardam só para eles), retirei desta narrativa que só sabemos aquilo que é realmente importante e nos faz feliz quando perdemos. E o Rodrigo, tanto quis sair da Montanha, mas na realidade a Montanha nunca saiu dele e a felicidade encontra-se onde nos sentimos em casa, onde nos sentimos em paz.
Rui Conceição Silva, OBRIGADO por esta história linda, mais uma vez a qualidade dos autores nacionais a destacar-se e queria mesmo muito que cada vez mais lhes dessem voz e o reconhecimento devido.

Segredos que só eu sei – Cupertino Freitas -Visgarolho

Mais uma obra vencedora aqui. Mais um deleite de leitura, uma lufada de ar fresco, uma brisa a cheirar a maresia. Esta obra aborda a temática de duas mulheres que se apaixonam na década de 50 no Brasil. Logo por aqui já sabemos que temos uma obra diferente, intensa e sobretudo uma homenagem a todas as mulheres que se amam e que finalmente já não têm que se esconder. Não era o caso em 1950. Ione a protagonista e narradora principal através duma fita-cassete gravada pela mesma, apaixona-se por Bernardete, mas enquanto Ione já tinha a certeza do que sentia e do que queria em adolescente, Bernardete ambicionava luxo, ambicionava a “normalidade” e rejeitou e abusou dos sentimentos de Ione, deixando-a magoada e com uma saudade enorme. Mais tarde adultas reencontram-se mas o ciclo mantém-se. Ione continua apaixonada, mas Bernardete agora casada e com um filho (a quem se destina a fita-cassete com todas as revelações sobre a sua mãe e o que parecia apenas uma amizade tóxica) ama Ione mas à maneira dela,como ela quer e acaba por destruir a felicidade de ambas por uma vida de aparências e tormento para ambas. Acredito infelizmente que ainda muita mulher terá medo de assumir que ama outra mulher, seja por convenções religiosas, seja por educação incutida, seja pelo ainda enorme preconceito por todos os não heterossexuais (como se amor ainda tivesse que ser motivo de preconceito em pleno século XXI) e acredito que a leitura desta obra ajude muito a dar aquele “empurrão” e coragem a quem necessita! Porque apesar de haver muita tristeza e mágoa e tragédia neste livro, também dá uma enorme “chapada na cara” de quem acha que tem o direito de magoar quem apenas quer amar. Senti-me bastante próxima da Ione, e o resto fica dentro do meu coração. O livro é escrito em Português do Brasil mas não existe dificuldade nenhuma na sua leitura e/ou interpretação.

A Ilha Sagrada – LJ Ross – Cultura Editora, Grupo Infinito Particular

Eu não vos disse que ia ler o primeiro após a opinião ao segundo volume desta série? Teve que ser! Eu tinha que contextualizar muita informação que nos é apenas transmitida neste livro apesar de se poder ler o segundo sem problema senão tivermos lido este.
Neste primeiro livro da série do inspetor-chefe Ryan, uma coleção com dezanove títulos e sete milhões de exemplares vendidos, o mesmo encontra-se em licença sabática a costa Noroeste de Inglaterra a recuperar duma situação muito tenebrosa que lhe aconteceu durante um caso e quis o destino que voltasse mais depressa do que queria ao trabalho quando uma jovem é encontrada morta nas ruínas do Mosteiro de Lindisfarne (que é um mosteiro real, com uma história bastante interessante, mas resumindo e fazendo quote a https://gov-civ-guarda.pt/lindisfarne-raid, “Invasão de Lindisfarne , Viking assalto em 793 na ilha de Lindisfarne (Ilha Sagrada) ao largo da costa do que é agora Northumberland . O mosteiro de Lindisfarne era o centro proeminente do cristianismo no reino da Nortúmbria. O evento causou tremores em toda a cristandade inglesa e marcou o início da Era Viking em Europa”) de forma a dar a entender que foi um qualquer sacrifício ritual. Como é um caso bastante especifico e com contornos macabros, a Dra. Anna Taylor regressa à Ilha Sagrada a sua terra Natal para ajudar a policia com a sua especialidade em períodos neolítico e mesolítico com conhecimentos especializados nas práticas religiosas durante essas épocas incluindo as variantes modernas e e é envolvida junto com o Inpector-Chefe Ryan numa investigação cheia de percalços mórbidos e fora do comum e estamos mais uma vez até ao fim sem saber ao certo quem, como e porquê tudo acontece, o que torna esta série de Thrillers muito boa, bem escrita e sem paragens na acção e sem qualquer dúvida vou seguir o resto assim que possível. Espero que continuem a ser editados em português, apesar de não existir propriamente uma barreira linguística da minha parte. Recomendo!!!

English: Didn’t I tell you that I was going to read the first after reviewing the second volume in this series? Had to! I had to contextualize a lot of information that is only revealed to us in this book, although you can read the second one without a problem if you haven’t read this one.
In this first book in the series by Chief Inspector Ryan, a collection with nineteen titles and seven million copies sold, Ryan is on sabbatical on the Northwest coast of England recovering from a very dark situation that happened to him during a case and with a twisted impulse of fate would he gets back to work faster than he wanted when a young woman is found dead in the ruins of Lindisfarne Monastery (which is a real monastery, with a very interesting history, but in short and quoting https://gov-civ- Guarda.pt/lindisfarne-raid, “Invasion of Lindisfarne, Viking assault in 793 on the island of Lindisfarne (Holy Isle) off the coast of what is now Northumberland. The monastery of Lindisfarne was the prominent center of Christianity in the kingdom of Northumbria. The event sent comotion through all of English Christendom and marked the beginning of the Viking Age in Europe”) in order to imply that it was some kind of ritual sacrifice. As it is a very specific case with macabre contours, Dr. Anna Taylor returns to her native hometown to assist the police with her expertise in Neolithic and Mesolithic periods with specialist knowledge of religious practices during those times including modern variants and is involved alongside Chief Inspector Ryan in an investigation full of morbid and unusual mishaps and we are once again until the end without knowing for sure who, how and why everything happens, which makes this series of Thrillers very good, well written and without stops in the action and without a doubt I will follow the rest as soon as possible. I hope they continue to be published in Portuguese, although there is not exactly a language barrier on my part. I recommend!!!

Intocável – Tahereh Mafi – TopSeller

Esta vai ser uma opinião bastante rápida até porque quando não gosto, não há muito por onde opinar sem entrar na liberdade de gostos alheia. Andei anos e anos para começar a ler esta série distópica e este ano ofereceram-me o primeiro livro em português (estive para comprar o Boxset em Inglês e ainda bem que não o fiz) e não gostei. Não gostei da personagem principal, não gostei da escrita da autora, não gostei sequer da história em si. E o que eu adoro Mundos em colapso e apocalipses e tudo o que daí advém. E fiquei triste, porque tinha algumas expetativas e na realidade não fui correspondida. Não é leitura para mim, e digo isto com toda a honestidade possível. Não vos consigo precisar o que falhou, mas acho a história demasiado “romântica” para este género literário e demasiado rápida a desenvolver e depois ficamos ali parados parece que a “empatar” e volta a ter um pouco de ação de novo mas a constante vitimização e dúvidas existenciais da protagonista julgo que foi o que me fez abandonar esta série após o primeiro livro.

English: This is going to be a very quick opinion because when I don’t like it, there’s not much to say without going into the freedom of literary tastes of others. It’s been years and years to start reading this dystopian series and this year I was offered the first book in Portuguese (I was about to buy the Boxset in English and I’m glad I didn’t) and I didn’t like it. I didn’t like the main character, I didn’t like the author’s writing, I didn’t even like the story itself. And what I love Collapsing worlds and apocalypses and everything that comes with it. And I was sad, because I had some expectations and in reality they were not met. It’s just not for me, and I must say honestly. I can’t tell you what went wrong, but I think the story is too “romantic” for this literary genre and too fast to develop and then we are left standing there, it seems to “stalling” and it has a bit of action again but the constant victimization and existential doubts of the protagonist I think that was what made me abandon this series after the first book.

Filha da Deusa da Lua – Sue Lynn Tan – Porto Editora

Belo, mágico, encantador, emocionante. Podia continuar mas quando uma obra é tão bem conseguida como esta tornam-se demasiados os adjetivos a utilizar. Este livro foi oferta da Porto Editora e acabei no final de Março após algum tempo ate conseguir começar a ler. Não há quase nada que não goste nesta belíssima história de Fantasia e Amor, ou não fosse eu também extremamente fã e conhecedora de cultura oriental e a autora conseguiu criar um Universo quase idílico (desde as descrições, aos rituais, ao ambiente) com uma protagonista forte, carismática, com um objetivo traçado desde o inicio da narrativa e que vai progredindo gradualmente e deixando-nos encantados e maravilhados com o que se pode ainda escrever e imaginar numa obra. Não vou colocar aqui a sinopse nem me alongar muito porque este é daqueles que vos digo para lerem com o coração aberto, sendo que o segundo volume desta série já saiu em Português, e será uma leitura futura com certeza. A capa da versão portuguesa é a mais bonita que já vi.

English: Beautiful, magical, enchanting, exciting. I could go on but when a work is well achieved as this one, the adjectives to use become too many. This book was a gift from Porto Editora and I finished it at the end of March after some time until I managed to start reading. There’s almost nothing I don’t like about this beautiful story of Fantasy and Love, or it wasn’t that I’m also an extremely fan and connoisseur of oriental culture and the author managed to create an almost idyllic Universe (from the descriptions, to the rituals, to the environment) with a protagonist strong, charismatic, with an objective traced from the beginning of the narrative and that gradually progresses and leaves us enchanted and amazed with what can still be written and imagined in a work. I’m not going to put the synopsis here or go on too long because this is one of those that I tell you to read with an open heart, since the second volume of this series has already been released in Portuguese, and will be a future reading for sure. The cover of the Portuguese version is the most beautiful I’ve ever seen.

Daisy Darker – Alice Feeney – Kobo Ereader

E eis que chega o meu favorito de Abril! Estreia absoluta com esta autora e o inicio das minhas leituras aleatórias no Kobo ereader (o melhor presente que me deram de sempre!) . E não me podia ter calhado livro tão perfeito, tão bom, tão mas tão bom como este! Primeiro a autora Alice Feeney é uma mestre da escrita e de conseguir manter a narrativa cheia de interesse e motivação até ao final. Entretanto enquanto vos escrevo esta opinião já li mais um e estou em progresso de outro desta autora e UAU a qualidade e consistência literária mantêm-se. Não há como não amar thrillers psicológicos em que estamos até quase ao epilogo sem saber quem é o culpado (ou culpados) do que acontece na história. E mesmo assim acabamos o livro com aquela cara de quem andou sem pista alguma até ao final e que afinal não era nada do que havíamos pensado que era. Daisy Darker é uma história cheia de drama familiar e de lições de vida que infelizmente os membros da família Darker vão aprender da pior forma na celebração do aniversário da matriarca da família. Forçados a ficar juntos até a maré vazar e poderem voltar a atravessar o areal onde a casa onde tudo acontece fica localizada, um a um vão morrendo e segredos do passado vão sendo revelados e a desconfiança, a insegurança e o medo prevalecem entre os membros da família que vão ficando. As horas passam e tudo o que parece não é, e as espetaculares reviravoltas que a autora nos proporciona são fundamentais para termos aqui o meu favorito de Abril e uma nova autora de eleição sem dúvida. Esta leitura foi feita na versão inglesa, sendo que ainda não há versão portuguesa desta obra lamentavelmente.

English Opinion: And here comes my April’s favourite! Absolute debut with this author and the beginning of my random readings on the Kobo ereader (the best gift I’ve ever been given!). And I couldn’t have found a book as perfect, as good, as good as this one! First, author Alice Feeney is a master of writing and manager to keep the narrative full of interest and motivation until the end. Meanwhile, as I write this opinion, I’ve already read another one and I’m in the process of writing another one by this author and WOW, the quality and literary consistency are maintained. There is no way not to love psychological thrillers in which we are up to almost the epilogue without knowing who is to blame (or to blame) for what happens in the story. And even so, we ended the book with that face of someone who read it all without a clue until the end and that, after all, it was nothing like we had thought it was. Daisy Darker is a story filled with family drama and life lessons that unfortunately the members of the Darker family will learn the hard way on the celebration of the family matriarch’s birthday. Forced to stay together until the tide goes out and they can go back across the beach where the house where everything happens is located, one by one they die and secrets from the past are revealed and distrust, insecurity and fear prevail among the members of the family who still alive. Hours pass and everything that seems is not, and the spectacular twists that the author gives us are fundamental to having here my favorite of April and a new author of choice without a doubt. This reading was done in the English version, and unfortunately there isn’t Portuguese version of this book.

Sinopse/Sinopsis: After years of avoiding each other, Daisy Darker’s entire family is assembling for Nana’s 80th birthday party in Nana’s crumbling gothic house on a tiny tidal island. Finally back together one last time, when the tide comes in, they will be cut off from the rest of the world for eight hours.

The family arrives, each of them harboring secrets. Then at the stroke of midnight, as a storm rages, Nana is found dead. And an hour later, the next family member follows…

Trapped on an island where someone is killing them one by one, the Darkers must reckon with their present mystery as well as their past secrets, before the tide comes in and all is revealed.

With a wicked wink to Agatha Christie’s And Then There Were None, Daisy Darker’s unforgettable twists will leave readers reeling.

Obrigado a quem ainda nos lê (que sei bem que é uma pessoa ou duas e não me importo, nunca importei) e não, não concordo NADA que as pessoas já não querem ler opiniões, só querem ver as capas dos livros, estética do livro e pouco mais. Não concordo com “ah já não se leem sinopses” (vocês que só compram livros porque alguém vos diz para comprar, sem nada a sustentar essa decisão precisam de repensar muita coisa na vida). E também não concordo com opiniões de quem não estuda temas importantes e trata tudo de forma leviana e desrespeituosa quando tinham o DEVER (como a grande maioria) parceiros de Editoras de respeitar aquilo que vos é oferecido e não, não é trabalho remunerado nem tem que ser, apesar de entender que algumas pessoas já acham que escrever critica literaria nas redes sociais é profissão. Portanto eu vou continuar a opinar o que leio, a ajudar potenciais leitores e sempre mas sempre a apoiar os autores nacionais. Mas é um hobby e será sempre um hobby.

Menos pessoal. Muito menos.

Opinião – Dear Child/A Rapariga da Cabana de Romy Hausmann

Sinopse: Uma cabana sem janelas no bosque. Uma corrida desesperada para escapar ao terror e encontrar a segurança.
Quando uma mulher consegue fugir do cativeiro em que a têm mantido, o final da história é apenas o princípio do seu pesadelo.
Diz chamar-se Lena, como a rapariga desaparecida catorze anos antes, e até tem uma cicatriz igual à dela. Porém, o pai de Lena garante que esta mulher não é a sua filha. Com ela, escapou também Hannah – uma menina pequena e frágil –, cujas palavras indiciam que algo muito grave aconteceu numa cabana isolada.
Entretanto, o pai de Lena, devastado com toda a situação, procura juntar as peças deste estranho puzzle, mas elas parecem não encaixar. Por sua vez, a mulher que fugiu só quer poder recomeçar a sua vida, no entanto, algo lhe diz que quem a capturou quer de volta aquilo que lhe pertence…
Com muito suspense e psicologicamente envolvente, A Rapariga da Cabana, de Romy Hausmann, é um thriller perturbador que não deixará ninguém indiferente.

Opinião:

Em primeiro lugar, li este livro em inglês e em formato digital. Vai agora ser lançada a tradução em Português pela Porto Editora a 06-04-2023.
Que livro! Livrão! Que história absolutamente horripilante mas ao mesmo tempo tão mas tão cativante que não se consegue parar de ler. Li durante o fim de semana e só queria chegar ao fim rapidamente de tão curiosa que estava. Não me arrependi. Lena (raptada em jovem adulta, cujos pais nunca a deixaram de procurar) que consegue fugir do seu cativeiro e cujo pai na sinopse identifica logo como não sendo a sua filha apimenta a trama. Hannah, consegue fugir junto com Lena, mas tudo o que parece não é. Quando pensamos que esta jovem mulher vai finalmente ter paz das atrocidades que passou às mãos de um homem que ela nem sequer o nome sabe, é quando surgem os traumas, a densa parte psicológica de um rapto tão severo, tão cruel, tão desprovido de humanidade. Quando tudo a aterroriza e quando é injustamente culpabilizada pela inércia de não poder fazer mais por quem tanto sofreu pelo desaparecimento da filha. Não posso adiantar muito mais sem cometer spoiler tendo em conta a sinopse reduzida, mas consigo ver aqui claramente uma escrita coesa, com principio, meio e fim, metódica e mantém o leitor interessado até ao fim. Dou cinco estrelinhas e dava mais se pudesse. Recomendo a leitura sem qualquer sombra para dúvida, este sim é um thriller psicológico bem escrito!

A Autora: Romy Hausmann nasceu na Alemanha Oriental em 1981. Aos vinte e quatro anos tornou-se editora-chefe numa produtora cinematográfica em Munique. A Rapariga da Cabana, o seu primeiro thriller, esteve no topo das tabelas de vendas alemãs e foi publicado em vinte países. Está atualmente a ser produzida uma série de seis episódios a estrear na Netflix.

Opinião – Melancholia – Francisco José Viegas – Porto Editora

ISBN: 978-972-0-03470-0
Edição/reimpressão: 09-2022
Editor: Porto Editora
Páginas: 336

Sinopse:

Ao longo de um ano, entre um encontro literário na Póvoa de Varzim e o início da pandemia, ninguém soube do paradeiro de Cristina Pinho Ferraz, escritora extravagante, premiada e temida. Até que, nos jardins românticos do Palácio de Cristal, no Porto, a coberto da copa das árvores, apareceu um corpo enterrado sob a terra, dividido em várias partes.
Porém, a nova investigação do inspetor Jaime Ramos (que entretanto fora substituído na divisão de homicídios) não começa com a descoberta desse cadáver; pelo contrário, obriga-o a recuar no passado, a ouvir testemunhos sobre vaidade, vingança, literatura e ambição, e também histórias de família ou de amor e melancolia.
Enquanto o confinamento se espalha sobre vivos e desaparecidos, Jaime Ramos reconstitui a biografia daquela mulher e a história de uma família e de uma genealogia do poder nas margens da tradição judaica portuense, confrontando-se mais uma vez com as suas obsessões: a ameaça da idade e da memória, a fragilidade dos velhos e a reconstituição do passado. Então, o que poderia ser apenas uma história de inveja e traição entre intelectuais desavindos e cómicos, transforma-se num inquérito sobre a melancolia portuguesa.

Opinião:

Melacholia foi o meu policial de estreia de Francisco José Viegas. Apesar de agora saber que existem várias obras protagonizando Jaime Ramos, sendo que a personagem faz 30 anos de existência, não me arrependo de ter começado por este, até porque é uma obra que pode ser lida sem termos lido as anteriores. Jaime Ramos foi substituído na divisão de homicídios e anda um pouco à deriva…a idade não perdoa, os anos de trabalho também não. Mesmo afastado da sua função nas autoridades, vai na mesma encetar investigações no âmbito do desaparecimento de uma escritora de renome Cristina Pinho Ferraz, que ao que tudo indica, em plena pandemia “ganhou sumiço” e ninguém deu conta. E entretanto é encontrado um corpo nos Jardins do Palácio de Cristal no Porto. Bom, mas tudo isto pode ser lido na Sinopse. O que vos queria dizer, é que este livro é um veiculo para reflexão, para repensarmos a forma como vivemos e agimos, a nossa própria essência e quando nos é retirado parte do que somos ou sabemos fazer ficamos tendencialmente inertes e sem reação. Entramos em melancolia. Jaime Ramos, com toda a sua personalidade forte e bem vincada, deixa-se envolver num rol de situações que o obrigam a voltar ao passado, que o obrigam a lembrar aquilo que queria ter esquecido, que o obrigam a ser aquilo que ele ainda não entende que já o é. Gostei particularmente que parte da história se tenha centrado no meio literário entre autores, pseudo autores, editores, curiosos, mal dizentes e escritores fantasma. Como a narrativa está colocada, conseguimos entender bem o meio, as suas lacunas, as suas farsas, e como parece que meio Mundo quer sempre ser mais do que é ou ser outra coisa.
Tive a oportunidade de ir a uma das apresentações desta obra (podem ver aqui) e conhecer o autor e ouvir do próprio (e do incrível Carlos Vaz Marques e Sofia Fraa) o que a mesma representava e significava e não me desiludi em nada e só posso sem duvida recomendar e ansiar pela leitura das obras anteriores.

O Autor:

Francisco José Viegas nasceu em 1962. Professor, jornalista e editor, é responsável pela revista Ler e foi também diretor da revista Grande Reportagem e da Casa Fernando Pessoa. De junho de 2011 a outubro de 2012 exerceu o cargo de Secretário de Estado da Cultura. Colaborou em vários jornais e revistas, e foi autor de vários programas na rádio (TSF e Antena 1) e televisão (Livro Aberto, Escrita em Dia, Ler para Crer, Primeira Página, Avenida Brasil, Prazeres, Um Café no Majestic, A Torto e a Direito, Nada de Cultura). Da sua obra destacam-se livros de poesia (Metade da Vida, O Puro e o Impuro, Se Me Comovesse o Amor) e os romances Regresso por um Rio, Crime em Ponta Delgada, Morte no Estádio, As Duas Águas do Mar, Um Céu Demasiado Azul, Um Crime na Exposição, Um Crime Capital, Lourenço Marques, Longe de Manaus (Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores 2005), O Mar em Casablanca, O Colecionador de Erva, A Poeira que Cai sobre a Terra e Outras Histórias de Jaime Ramos e A Luz de Pequim (Prémio Fernando Namora 2020 e Prémio PEN 2020 Narrativa).

Opinião – Frio Suficiente para Nevar – Jessica Au – D.Quixote

ISBN: 9789722075824
Ano de edição: 10-2022
Editor: Dom Quixote
Páginas: 128

Sinopse:

Uma jovem mulher organiza umas férias com a mãe no Japão, onde percorrem Tóquio, Osaka e Quioto: caminham pelos canais nas tardes de outono, esquivam-se de chuvas e vendavais, partilham refeições em pequenos cafés e restaurantes e visitam galerias para verem alguma da mais radical arte moderna. Enquanto isso, conversam: sobre tempo, horóscopos, roupas, objetos, família, distância e memória. Mas as incertezas abundam. Quem estará realmente a falar – apenas a filha? A mãe raramente fala, aparenta ser uma presença fantasmagórica que não parece estar de facto ali. E qual será a verdadeira razão desta viagem elíptica, ou mesmo espectral?

Ao mesmo tempo reflexão e elegia, Frio Suficiente para Nevar questiona o facto de todos falarmos sequer uma língua comum, quais as dimensões que podem conter o amor e até que ponto poderemos afirmar conhecer deveras o mundo interior de outrem.

Escolhido entre 1500 candidatos, este romance venceu o Novel Prize, um novo prémio, bienal, patrocinado pelas editoras Fitzcarraldo Editions, New Directions (EUA) e Giramondo (Austrália) e destinado a distinguir um romance escrito em língua inglesa que explore e expanda as possibilidades do género.

Opinião:

Uma história maravilhosa e que deixa o coração quente e ao mesmo tempo tão apertado… é uma obra de reflexão, de autoajuda, de ligações familiares e de amor de mãe e filha. Filha essa que é narradora, enquanto a mãe quase sem se pronunciar tem o papel determinante de mostrar que existe tanto, mas tanto que se pode mostrar e demonstrar sem uma única palavra proferir. Passado no meu País de sonho, Japão, as duas mulheres viajam e partilham momentos únicos e especiais em Tokyo, Osaka e Quioto. Uma narrativa que nos leva pelo Japão fora e os seus costumes tão únicos, tão ricos e que se transformam numa espécie de história encantadora que nos faz sonhar com paisagens, com rostos, com provas de superação interior e acima de tudo honestidade familiar. É um livro lindíssimo, que se lê tão bem e tão rapidamente que ficamos a querer mais, a querer saber mais sobre estas duas mulheres, que podiam ser qualquer mãe e filha que existem por aí neste Mundo.
Recomendo, foi uma das minhas prendas de Natal e não poderia ter ficado mais feliz de o ter lido.

A Autora:

Jessica Au vive em Melbourne, na Austrália. Trabalhou como editora-adjunta da revista trimestral Meanjin e como verificadora de factos para a revista Aeon. O seu romance Frio Suficiente para Nevar (2022) é o vencedor do primeiro Novel Prize e tem direitos vendidos para dezoito línguas.


Gonçalo M. Tavares e «O Diabo» no Porto de Encontro

Podem também ver a reportagem de apresentação do livro do autor “O Diabo aqui.

Novidades Grupo Porto Editora

Divulgação Porto Editora – A Aldeia das Almas Desaparecidas – Richard Zimler

Divulgação Porto Editora – Avozinha Gângster ataca de novo de David Walliams

Sou tão fã do David Walliams que o livro só pode estar genial!
Little Britain always!

Divulgação Porto Editora – Ramsay em 10 minutos